quinta-feira, 26 de setembro de 2013

CÁRITAS DIOCESANA DE PESQUEIRA APRESENTA EXPERIÊNCIA NA ARGENTINA

Toda boa ideia deve ser propagada, multiplicada e copiada, ultrapassando limites e fronteiras geográficas e territoriais. Foi desse sentimento que comungou o segundo Encontro Mundial do Grande Chaco Americano ao convidar a Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) para conduzir o painel sobre “Água para consumo e produção: estratégias para a gestão comunitária”. Na ocasião, a  coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira e coordenadora executiva da ASA pelo Estado de Pernambuco, Neilda Pereira, apresentou a experiência do Programa 1 Milhão de Cisternas ( P1MC). O evento aconteceu entres os dias 19 a 21 deste mês em Buenos Aires, na Argentina, no Centro Cultural Recoleta.

Neilda Pereira falou para um público diverso de mais de 600 pessoas dos países da Argentina, Bolívia e Paraguai, entre agricultores familiares, representantes de organizações indígenas e camponesas, prefeitos, ecologistas, produtores rurais e especialistas de agências internacionais. “Foi um momento importante para mostrar a bela experiência desenvolvida com os povos do Semiárido por um conjunto de organizações que trabalham na região. O P1MC revela uma conquista do acesso à água potável para beber e cozinhar, através das cisternas de placas, de forma descentralizada e participativa”, enfatiza Neilda.

“O acesso à água é outro fator que também merece ações urgentes. É importante ter referências de outras experiências bem sucedidas como a do P1MC no Brasil”, comentou Ivan Arnold, diretor de Nativa, uma organização membro da Rede Chaco com forte penetração no Chaco Boliviano. Assim como a ASA se constitui numa rede de organizações, a Rede Chaco também se firma como um conjunto de instituições que vêm construindo uma trajetória de luta e resistências pelos povos que habitam o Grande Chaco Americano.

Ainda durante o evento, Neilda Pereira se reuniu com representantes dos países do Paraguai, Uruguai e Argentina para discutir estratégias do Programa Sede Zero.  Iniciativa  inspirada e pensada a partir da experiência do P1MC no Semiárido brasileiro.

Grande Chaco Americano – É uma região em que vivem 7 milhões de habitantes. Lugar de 30 etnias com pelo menos 29 línguas com diferentes graus de vitalidade. Ambientalmente, é o maior bosque seco do mundo e a segunda massa florestal americana. Possui uma diversidade biológica única.

Em um milhão de quilómetros quadrados localizados no centro do continente Sul-americano. Os países Argentina, Bolívia e Paraguai estão dento desse ecossistema. Uma das regiões de maior diversidade ambiental e biológica do planeta e a maior área de bosques do continente depois do Amazonas.

É nesse espaço geográfico que e se apresenta, ao mesmo tempo, a diversidade e as urgências sociais gritantes e uma forte pressão sobre o ambiente. Uma região com fome de desenvolvimento equitativo e sustentável em benefício da humanidade. É com esta visão que se organizou a Rede Chaco, um coletivo de organizações da Argentina, Bolívia e Paraguai que pretende incluir o Chaco na agenda mundial.

 

Daniel Ferreira
Jornalista 4140 DRT/PE

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

Campanha do Brinquedo 2013

A CÁRITAS DIOCESANA DE PESQUEIRA convoca todos para mais uma campanha solidária: FAÇA UMA CRIANÇA FELIZ!A iniciativa tem como objetivo as doações de brinquedos novos ou em bom estado para as crianças menos favorecidas.
Com este intento, escolas foram convidadas a sensibilizar crianças, para que num gesto de partilha possamos ajudar outras crianças, que por carência socioeconômica nunca puderam ter um brinquedo.
A campanha idealizada pelas Cáritas Diocesana de Pesqueira tem objetivo levar alegria às crianças carentes, transformando um dia das crianças um espaço educativo de construção de um mundo mais solidário, para isso é preciso à colaboração da sociedade.
O apelo de todos os que fazem a Cáritas Diocesana de Pesqueira é que nosso coração seja solidário e possamos doar brinquedos, nossos sentimentos e fazer a felicidade de tantas crianças vítimas da exclusão.

sexta-feira, 20 de setembro de 2013

Comunidade Alegre em Pedra recebe capacitação em viveiro de mudas do Programa Uma Terra e Duas Águas

Turma de capacitando em viveiro de mudas

No ultimo final de semana (14 e 15) aconteceu uma capacitação em viveiro de mudas, na comunidade do Alegre, no município da Pedra, para um quantitativo de 10 famílias. A iniciativa partiu da Diocese de Pesqueira, através da Cáritas Diocesana, sendo executado pelo Programa Uma Terra e Duas Águas (P1 + 2), em parceria com a Articulação no Semiárido (ASA).

Na ocasião, o instrutor Lucinaldo fez uma troca de experiências com as famílias, com a visita na propriedade do agricultor Miguel Pereira (participante da capacitação), quando foram apresentadas na prática algumas formas de se produzir mudas, como: enxertia, dormência de algumas sementes e alguns tipos de compostagem. O técnico Fábio Andrade e a coordenadora do P1 + 2, Roseilda Couto, acompanharam a capacitação e aconselhou aos participantes colocar em prática os ensinamentos. “É uma oportunidade de trocar conhecimentos e praticar as experiências na própria comunidade”, disse Roseilda. “A maioria de nós (agricultores) se interessa por mudas tanto para nós como para comercialização”, afirmou Miguel, que já tem planos de venda para as mudas que venha a produzir futuramente.

De forma muito dinâmica o conteúdo foi trabalhado dando a devida importância ao associativismo para a organização das pessoas e da comunidade como todo, contribuindo assim com o incentivo do trabalho coletivo na perspectiva de avançar nos diversos tipos de produção que as famílias trabalham. “Essa capacitação despertou nas famílias a importância de trabalhar o manejo do solo de forma equilibrada, para que cada muda produzida pelas famílias, possa trazer resultados significativos para o trabalho por elas exercidos”, afirmou Roseilda.

Posteriormente um viveiro de mudas será construído na propriedade da agricultora Dona Cícera, que dispôs do espaço onde as famílias continuaram dando prosseguimento à parte prática da capacitação.


segunda-feira, 16 de setembro de 2013

Cáritas Diocesana de Pesqueira participa do I Seminário de Convivência com o Semiárido em São Bento do Una

Dia 13 de setembro (última sexta feira) aconteceu o I Seminário Municipal de Convivência com o Semiárido no Auditório do Colégio Cônego João Rodrigues, em São Bento do Uma. O evento teve como objetivo discutir ações e soluções para conviver com a seca que assola a maior parte do Estado de Pernambuco. Diversas cidades estão realizando seminários como esse para que possa contribuir com o Governo de Pernambuco, que realizará um Plano Estadual.   A Cáritas Diocesana de Pesqueira esteve sendo representada por Itamar de Carvalho, coordenador do Programa Pernambuco Mais Produtivo através da Diocese de Pesqueira.
Participaram do evento o Secretário Estadual de Agricultura e Reforma Agrária Aldo Santos; a Prefeita de São Bento do Una Débora Almeida; o Vice-prefeito Alexandre Batité; o Presidente do IPA, Júlio Zoé; o Secretário Municipal de Desenvolvimento Rural, Paulo Renato; a Secretária de Trabalho e Ação Social, Sueli Maciel; a Coordenadora do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável, Araci Miranda, os vereadores Avanildo Cavalcante e André Valença; Neide do Hospital e Cícera da Rua Nova, representantes de associações e moradores da Zona Rural. “Num evento dessa natureza, a população discute alternativas para que os municípios estejam planejados para o futuro e com isso garantir que as pessoas estejam em condições de viver com mais dignidade”, disse Aldo Santos, Secretário Estadual de Agricultura e Reforma Agrária.

Durante o seminário, foi ministrada uma palestra pelo representante da Diocese de Pesqueira e da Articulação do Semiárido de Pernambuco (ASA), Itamar de Carvalho, que teve como público alvo agricultores, líderes comunitários, presidentes das associações, representantes dos sindicatos, da comunidade quilombola, funcionários e pessoas envolvidas das secretarias de educação, agricultura e assistência social do município. “Foi uma palestra onde fizemos algumas provocações de quais as ações que nós precisamos estar atentos para uma boa convivência com semiárido, quais as estratégias para que com uma próxima estiagem a gente consiga passar melhor e trouxemos elementos, alguns dados referentes a questão fundiária no semiárido, a questão do estoque de alimentos não só para nós humanos, mas para os animais, uma vez que mais da metade do rebanho foi dizimado agora nessa estiagem, então nós precisamos pensar um pouco mais na lógica da estocagem de ração, de bancos de proteínas, algumas estratégias que fortaleçam a agricultura familiar. Foi uma estratégia no sentido de estar alertando o poder público que estava presente e a sociedade da necessidade de se organizar, de fortalecer as associações e os agricultores para a convivência com o semiárido”, informou Itamar de Carvalho.

O Seminário de São Bento do Una de Convivência com o Semiárido é o início da organização que os municípios pernambucanos estejam sendo estimulados pelo Governo pelo Estado através da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária e Secretaria Executiva de Agricultura Familiar à  linha da convivência com o Semiárido. “A ideia é que não só em São Bento, mas todos os municípios do Semiárido Pernambucano possam elaborar seu Plano Municipal de Convivência com o Semiárido. A organização formou uma comissão que vai fazer a escuta junto às comunidades rurais, e da comunidade urbana, do que é prioridade de convivência com o semiárido e  incluir estes aspectos no plano municipal. Isso será também elemento de discussão na Conferência Territorial que vai acontecer em cada região de desenvolvimento do estado”, informou Itamar de Carvalho.  As orientações sobre a conferência territorial serão repassadas a partir de uma capacitação que vai haver do Garantia Safra, agora no dia 26 de setembro, em Arcoverde, e 27 em Garanhuns, onde o Governo do Estado vai dar o norte das discussões que devem ocorrer nos municípios para provocação de elementos que constituam esses planos. 

quarta-feira, 11 de setembro de 2013

Grupos de Mulheres Rendeiras visitam experiências na Paraíba


Participantes do Intercâmbio entre a Cáritas Paroquial
Cruzeiro de Poção, Lage do Carrapicho e Coopetigre
No dia 27 de agosto um grupo de mulheres rendeiras da Cáritas Paroquial Cruzeiro de Poção e Comunidade Lage do Carrapicho, de Alagoinha, acompanhadas pela Cáritas Diocesana de Pesqueira, realizaram visita a Coopetigre, que é uma cooperativa de Artesãs de São João do Tigre, na Paraíba, formada por mulheres de comunidades carentes e de assentamentos do Cariri Ocidental. O objetivo da visita foi a troca de experiência entre os três municípios.

A ideia do intercâmbio surgiu de uma iniciativa da Cáritas Diocesana de Pesqueira com o intuito de ampliar a visão de negócios das artesãs da Cáritas Paroquial Cruzeiro de Poção e da Comunidade de Lage do Carrapicho. “Esse tipo de atividade tem contribuído para que as mulheres conheçam outras realidades e interajam com outros grupos, tendo estímulo para fabricar peças mais elaboradas e que no futuro, quem sabe, elas não possam estar pensando numa coleção de renda renascença?”, disse Catarina Márcia, Assessora pedagógica da Cáritas Diocesana de Pesqueira.

A visita foi acompanhada pela presença da representante da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária-SARA/ Karlone Barroca, que salientou a importância da atividade na elevação da autoestima das rendeiras, como o “empoderamento das artesãs e fortalecimento de vínculos”, disse Karlone.

A senhora Dirce, representante do Governo Estadual da Paraíba, também participou do intercâmbio e colocou que temos um desafio grande a ser superado “que é fazer com que a população jovem valorize a Renda Renascença e vença o atravessador”, afirmou Dirce.

Na ocasião o grupo foi recebido na sede da Coopetigre pelo grupo de mulheres e em nome das associados/as. Dona Maria de Lourdes, a presidenta da associação, recebeu o grupo com uma dinâmica. “Conversar com mulheres iguais a gente, que tem a mesma atividade que não seja do Tigre, é uma honra e é bastante interessante”, disse Dona Maria de Lourdes.

Dona Lourdes ainda apresentou um pouco da história do surgimento da Cooperativa e relata que hoje existem 40 associados/as, que antes de serem cooperadas, enfrentavam dificuldades com a comercialização, risco, costura e atravessadores. Todos/as cooperadas pagam uma mensalidade e esta mensalidade ajuda nas despesas e manutenção da sede. A cooperativa possui sede própria, mas precisa de uma reforma.

Dona Lourdes colocou a importância do trabalho comunitário, que também pode ser terapêutico “pois aqui esquecemos um pouco nossos problemas pessoais, aqui a gente trabalha, conversa e se distrai um pouco”, informou Dona Lourdes. “Sabemos que nosso trabalho tem muitas qualidades, porém é difícil competir com a falta de emprego e de oportunidade em nossos municípios, pois a realidade de Poção não é muito diferente daqui,” completou.
Catarina Márcia
Assessora Pedagógica da Cáritas Diocesana de Pesqueira


segunda-feira, 9 de setembro de 2013

Intercâmbio de experiências entre índios Xukuru, comunidade Lage do Carrapicho e agricultores/as da Paraíba


Participantes do intercâmbio da Paraíba
Dias 04 e 05 de setembro a Diocese de Pesqueira, através da Cáritas Diocesana de Pesqueira promoveu mais um intercâmbio de experiências, o primeiro dia na área indígena Xukuru e o outro em Alagoinha, na Comunidade de Lage do Carrapicho. Participaram do evento representantes do Sindicato de Trabalhadores Rurais de Ingá;  Sindicato dos Trabalhadores de Agricultura Familiar em Fagundes; Pastoral da Criança e Pastoral da Terra. Todas as organizações da Paraíba, sendo representados pelos municípios de Ingá, Mageiro, Campina Grande, Fagundes e Itaturuba.

Na área indígena o evento aconteceu na Aldeia Santana, na Serra do Ororubá, em Pesqueira, e teve como objetivo a troca de saberes locais entre os/as agricultores/as.  Roseilda Couto, coordenadora do Programa Uma Terra e Duas Águas conduziu o grupo até a área indígena. “É importante dizer que trazer pessoas de outros estados para conhecer essas experiências é uma forma de valorizar o trabalho dos agricultores e a troca de experiências entre os mesmos”, informou Roseilda.

Quem recebeu os participantes do evento na área indígena foi o representante da aldeia José Bandeira, que fez uma retrospectiva dos antepassados Xukuru pontuando a história de Xicão Xukuru, o renomado cacique que foi assassinado em 1988, devido às lutas pela posse das terras na área indígena. “Junto com o cacique Xicão a gente fez a primeira retomada de terras na aldeia São José, e depois na aldeia Caípe”, disse Seu José.

Hoje a etnia conta com 11.600 índios. Cada uma das 26 aldeias Xukuru possui uma liderança. A etnia ainda conta com um cacique, que é Marcos Luídson, conhecido como Marquinhos; e um pajé, Seu Zequinha. 

A etnia Xukuru - os Xukuru, conhecido pela organização comunitária, possuem uma comissão interna para resolver os mais diversos tipos de problemas ocorridos entre a etnia, que foi criado pelo cacique Xicão. Além disso possuem um sistema de saúde e educação diferenciado.  “A força grande ajuda a pequena, e a força pequena ajuda a grande”, aprendeu Seu Absalão Francisco, participante de evento e agricultor do assentamento José Antônio Eufrouzino, em Campina Grande.
Os Xukuru mantém uma religiosidade típica dos índios do nordeste, com a dança do Toré e a preservação de símbolos sagrados, como a Pedra do Rei do Ororubá, onde foi enterrado o cacique Xicão e outras lideranças indígenas assassinadas devido aos conflitos de terras.

Em relação às práticas ecológicas, os Xukuru praticam a agroecologia na reserva, utilizando os próprios recursos naturais para produzir insumos para as plantas, quando utilizam os ensinamentos repassados pelos índios mais antigos.

Lage do Carrapicho – o segundo dia do intercâmbio aconteceu na comunidade Lage do Carrapicho, no município de Alagoinha/PE. O grupo foi acolhido pela liderança da comunidade Dona Carminha e toda comunidade integrante, que fez um resgate de como iniciaram as atividades na comunidade. Em 2005, vinte famílias da comunidade receberam como incentivo do governo uma cabra, que quando reproduzisse seria cedida para mais uma família que ainda não tinha sido beneficiada. Esse foi o pontapé inicial para que os integrantes da comunidade de Lage do Carrapicho pudessem perceber a importância econômica da criação desse tipo de animal do semiárido, que requer pouca água e se alimenta da vegetação endêmica.

Hoje em torno de 25 famílias trabalham ativamente com a criação de cabras nessa comunidade, o que vêm trazendo bons resultados como: fabricação de iogurte, apoio do governo estadual em ações de grande visibilidade – como o torneio leiteiro que acontece todos os anos no mês de agosto. Dessa forma, o trabalho vem garantindo a permanência das famílias na zona rural e em especial dos jovens que hoje participam das ações/atividades, gerando mais perspectiva de sustentabilidade nas suas bases e garantir o jovem no campo significa a segurança de não acontecer o êxodo rural.
Mesmo durante esse último longo período de estiagem, através de um fundo rotativo, muitas famílias não passaram necessidades, pois estavam com a produção garantida.

Tais experiências enriqueceram ainda mais a troca de experiências entre os/as agricultores/as que vieram da Paraíba e os agricultores/as Xukuru e da comunidade da Lage do Carrapicho.



Comunidade Armazém, em São Bento do Una, comemora chegada de cisternas


Missa comemorativa pela chegada das cisternas na
comunidade Armazém
Dia 31 de agosto a comunidade de Armazém, em São Bento do Una, esteve em festa. O motivo é a conquista de 26 cisternas de placa de 16 mil litros e 26 cisternas calçadão, com capacidade de 52 mil litros, do Programa Pernambuco Mais Produtivo. Na data festiva toda a comunidade esteve reunida numa missa comemorativa, celebrada pelo Pe. Bento, e logo após uma recepção na Escola Municipal Jerônimo Sobral.

A Cáritas Diocesana de Pesqueira esteve prestigiando o momento com a presença de Itamar de Carvalho, coordenador do Programa Pernambuco Mais Produtivo; Devaldo Silva, técnico agrícola da Cáritas Diocesana de Pesqueira e Adriana Leal, comunicadora popular da Cáritas Diocesana de Pesqueira.  “É um fruto de luta, pois nada vem por acaso. Faço votos de sucesso e a partir dessa conquista, outras virão”, comemorou Itamar. “Eu deixei roçado. Já plantei por último para não perder a cisterna. E minha mulher já está plantando alface, coentro”, disse Adalberto Ferreira, beneficiário de uma das cisternas, que esteve envolvido na construção, e agora na plantação de hortaliças juntamente com a esposa, uma vez que já podem utilizar a água da cisterna para regar as plantas. “Antes usava água de um barreiro, era um esforço muito grande”, lembrou Seu Adalberto.

Atualmente a comunidade já possui 76 cisternas, dentre as com capacidade para 16 mil litros e 52 mil litros. A primeira é destinada ao suprimento de água para beber e cozinhar, e a segunda para suprir água para produção de alimentos.  “Esse ano nós temos que elevar as mãos para o alto e agradecer as chuvas e a construção das cisternas na comunidade Armazém. É motivo de alegria porque sem água a gente não pode viver”, disse Pe. Bento no momento da missa, quando também incentivou a busca de outras melhorias para a comunidade.  “A gente não precisa só de cisternas, é de muitas coisas a mais”, confirmou a Dona Brasiliana, que é a Presidente da Associação de Agricultores na Comunidade Armazém. Após a missa uma cisterna de placa foi aspergida para oficializar a bênção da água na Comunidade Armazém.


domingo, 8 de setembro de 2013

PESQUEIRA REALIZA “GRITO DOS EXCLUÍDOS”


Neilda Pereira, coordenadora geral da Cáritas Diocesana
 de Pesqueira. 
Foi com uma caminhada pelas principais ruas de Pesqueira, no Agreste do Estado, que a Cáritas Diocesana promoveu a 19º edição do “Grito dos Excluídos”.  Durante percurso, estações nas vias públicas traziam reflexões político-sociais de temas pertinentes à sociedade brasileira. O momento reuniu cerca de 300 pessoas, além da população, contou também com as presenças de representantes de pastorais da Igreja Católica, lideranças políticas, jovens, agricultores e agricultoras do município. O evento aconteceu na noite da última quinta-feira (05).

Em três estações nas principais ruas da cidade, os participantes refletiram por meio de leituras, depoimentos e apresentações culturais temas como saúde pública, sistema penitenciário, protagonismo da juventude na sociedade atual e política brasileira. “O ‘Grito dos Excluídos’ é espaço em que a população, os movimentos sociais e a Igreja chamam à atenção e para o compromisso com as causas dos excluídos e das desigualdades socais no Brasil”, esclarece a coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira e Coordenadora da ASA pelo Estado de Pernambuco, Neilda Pereira.

Em mensagem durante a caminhada, o bispo da Diocese de Pesqueira, Dom José Luís Ferreira Salles, cobrou mais ações políticas frente a exclusão social. “Queremos mais políticas públicas que garantam condições de vida saudável e digna para nossos jovens, homens, mulheres e crianças. Esta é uma caminhada de solidariedade, de junção de pensamentos por um país mais justo e igualitário”, enfatizou.

A programação terminou em frente a Câmara de Vereadores do município. Na ocasião, a agricultora Maria de Fátima entregou ao presidente do Legislativo, Tito França, uma pauta de reivindicações dos movimentos sociais e da famílias agricultoras de Pesqueira.

GRITO DOS EXCLUÍDOS - É um conjunto de manifestações populares que ocorrem no Brasil ao longo da Semana da Pátria, que culminam com o Dia da Independência do Brasil, em 07 de setembro. Estas manifestações têm como objetivo dar visibilidade aos excluídos da sociedade, denunciar os mecanismos sociais de exclusão e sinalizar e propor caminhos alternativos para uma sociedade mais inclusiva. Promovido pela Pastoral Social da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB; sua primeira edição foi em 1995.


Daniel Ferreira
Jornalista 4140 DRT/PE
(87) 9998.0005

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Articulação no Semiárido Pernambucano participa de debate sobre desenvolvimento rural sustentável e solidário



Os debates em torno do desenvolvimento rural sustentável e solidário, em Pernambuco iniciaram nesta terça-feira (03) e seguem até quarta (04). O município de Pesqueira, localizado a 215 quilômetros de Recife, tem sediado a 2ª Conferência Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário que teve início às 10h, no Hotel Cruzeiro.

A Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA/PE) marcou presença no evento através de diversas organizações que estiveram representadas, dentre essas o Serviço de Tecnologia Alternativa (Serta), Diocese de Pesqueira, Centro Sabiá e Diocese de Caruaru. No primeiro dia da conferência Neilda Pereira, coordenadora executiva da Articulação no Semiárido pelo estado de Pernambuco e coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira, apresentou o painel Políticas Públicas de Inclusão Social e Produtiva no Contexto do Semiárido Pernambucano. “É impossível fazer este debate sem pensar na integração das políticas públicas. Olhar hoje para o semiárido é olhar para as histórias de resistência. Nós precisamos olhar as especificidades da nossa região. Ou a gente muda o olhar de discutir as políticas públicas, ou na próxima seca nós vamos ainda discutir sobre carro pipa”, disse Neilda Pereira, que ainda pontuou a importância de colocar em prática o controle social e falou sobre os marcos de avanço no estado de Pernambuco com a Política Estadual de Convivência com o Semiárido e Política Estadual de Combate a Desertificação.

Neilda Pereira, coordenadora estadual da Cáritas
Diocesana de Pesqueira; Fátima Quadrado, do CONDRAF e
Germano de Barros, do Serta. 
O painel teve ainda como participante Fátima Quadrado, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável (Condraf) e foi mediado pro Germano Barros, presidente do Serta, que dentre outros pontos defenderam a completude do semiárido como forma de pensar em novas políticas públicas. “Nós afirmamos e reafirmamos a abordagem territorial como instigante ao desenvolvimento”, disse Fátima Quadrado.  “O semiárido é um lugar de cidadania, do direito, da cultura, do esporte”, completou Germano de Barros.
O ministro interino do Desenvolvimento Agrário (MDA), Laudemir Müller e a diretora de Políticas para as Mulheres, Karla Hora participaram do evento, bem como Aldo Santos , secretário de Agricultura e Reforma Agrária de Pernambuco e Doriel Barros presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (FETAPE).

As conferências estaduais são estratégicas, defendeu o ministro interino.  “As conferências vão nos dar as bases para a construção do plano nacional. Com elas vamos decidir as principais propostas para o desenvolvimento rural sustentável e solidário que queremos para os próximos anos”, disse. Laudemir ainda apontou que os debates em todos os estados brasileiros vão envolver cerca de 40 mil pessoas. “Este é o espaço de discussão do qual a sociedade civil participa junto com o Governo na definição das grandes prioridades e principais diretrizes para as políticas públicas direcionadas à agricultura familiar e reforma agrária”.

Na avaliação do delegado federal do MDA em Pernambuco, Demetrius Fiorante, um aspecto importante do encontro é a possibilidade de participação direta dos agricultores familiares para opinar e decidir sobre as políticas públicas direcionadas ao setor. “Essa democracia participativa é muito importante porque dá o respaldo a nossas políticas e ao mesmo tempo faz com que a sociedade participe, fiscalize, ajude a implementar essas propostas”, destacou.

As Conferências Estaduais precedem a 2ª Conferência Nacional de Desenvolvimento Rural Sustentável e Solidário, que será em outubro, em Brasília. Conferências Territoriais e Municipais antecederam a Estadual com o propósito de elaborar propostas acerca de diversos temas. Em Pernambuco já foram feitas oito conferências territoriais, 29 municipais, uma conferência temática da juventude e outra das mulheres rurais. No último dia da conferência (04) serão eleitos os delegados da 2ª Conferência Nacional.
Os temas debatidos nos encontros tratam de Desenvolvimento Socioeconômico e ambiental do Brasil Rural e fortalecimento da agricultura familiar; reforma agrária e democratização do acesso a terra e aos recursos naturais; Abordagem territorial como estratégia de desenvolvimento rural e promoção da qualidade de vida, entre outros.




Cáritas Diocesana de Pesqueira participa do Grito dos Excluídos 2013


“Juventude que ousa lutar, constrói o projeto popular” é o lema do 19º Grito dos Excluídos definido pela a coordenação do Grito que acolheu sugestões de vários grupos, comunidades, dioceses, movimentos, sindicatos, para a escolha. Esse ano a Juventude está no centro dessa manifestação que acontece em 07 de setembro.
A Cáritas Diocesana de Pesqueira está em fase de preparação para o Grito dos Excluídos. Nesta quinta-feira (05) haverá uma caminhada com a participação popular pesqueirenses de acordo com a seguinte programação:

Caminhada do Grito dos Excluídos

Início: Escola Estadual Arruda Marinho
Horário: 19h
Boas - Vindas -  apresentação cultural – caminhada com símbolos, faixas, Cruz (que peregrinou com os jovens pela Diocese de Pesqueira)
1ª parada
Local: Convento dos franciscanos
Depoimento da Pastoral Carcerária
Depoimento de um Agente de Saúde.
Coreografia da Oração de São Francisco (JUFRA)
 2ª parada
Local: Cáritas Diocesana de Pesqueira
Momento com  Neilda Pereira, coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira, e em seguida um pedido de perdão pela violência que os jovens são obrigados a enfrentar.
 3ª parada
Local: Catedral de Santa Águeda
Proclamação da Palavra Mateus 25, 31-46
Momento do Setor Juventude sobre o tema central do 19° Grito dos Excluídos
Momento com  a Pastoral da Sobriedade
Apresentação Cultural
Culminância
Local: Câmara dos Vereadores
Momento com dona Fátima (Associação de Papagaio – Área Pastoral Nossa Senhora do Carmo)
Momento com Lourinaldo (integrante da Banda de Música)
Momento com a  liderança indígena
Preces
Bênção de Deus (Pe. Jailson).
Apresentação dos Quilombolas – Dança do Toré – Banda de Música.
 O Grito dos Excluídos - O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. É realizado em um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira.

O Grito é parte do processo da 5ª Semana Social Brasileira e no ano passado trouxe o lema: Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população! O Próximo encontro nacional dos articuladores e articuladoras do Grito acontecerá nos dias 26 a 28 de abril , em São Paulo.

Alder Júlio convida à sociedade pesqueirense a participar do Grito dos Excluídos



Alder Júlio, Diácono incardinado da Diocese
de Pesqueira. 
Dando início às preparações para o Grito dos Excluídos, que terá início nesta quinta (05) com uma caminhada partindo da Escola Estadual Arruda Marinho, às 19h, a Cáritas Diocesana de Pesqueira tem entrevistado uma série de cidadãos/ãs envolvidos com as causas sociais. E abrindo esta coletânea de entrevistas, segue o depoimento do Professor da UFPB e Diácono Incardinado da Diocese de Pesqueira Alder Júlio, concedido a Adriana Leal, comunicadora popular da Cáritas Diocesana de Pesqueira:
“Primeiro é importante recordar de forma rápida a história do Grito dos Excluídos. Trata-se de uma iniciativa da CNBB, originada com as Semanas Sociais, em que  a partir dos meados de 90 se trata de fazer com que haja condições para que os oprimidos, as classes desfavorecidas tenham de fato um campo para expressar suas demandas, seus sonhos. Então se inicia nos meados dos anos 90 o Grito dos Excluídos, que já alcança quase a 20ª edição neste ano. Então se trata de uma iniciativa inicialmente da CNBB , mas depois muito encampada pelos movimentos sociais, por muitas associações e organizações de base da sociedade. Com esta origem a gente está sinalizando a importância de que não se perca esse hábito saudável que a Igreja Católica no Brasil, também com a participação de outras igrejas vem mantendo, que é um orgulho também saber que em Pesqueira se passa essa iniciativa com a organização de grupo, inclusive com o protagonismo da Cáritas de organizar este Grito dos Excluídos, algo muito importante para a sociedade pesqueirenses, como para a sociedade pernambucana e brasileira, de fazer expressar o grito de jovens, de negros, de índios, de camponeses, de operários, enfim de todos segmentos que se encontram numa situação muito  vexatória.”

O Grito dos Excluídos - O Grito dos Excluídos é uma manifestação popular carregada de simbolismo, é um espaço de animação e profecia, sempre aberto e plural de pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos excluídos. É realizado em um conjunto de manifestações realizadas no Dia da Pátria, 7 de setembro, tentando chamar à atenção da sociedade para as condições de crescente exclusão social na sociedade brasileira.
O Grito é parte do processo da 5ª Semana Social Brasileira e no ano passado trouxe o lema: Queremos um Estado a serviço da Nação, que garanta direitos a toda população! O Próximo encontro nacional dos articuladores e articuladoras do Grito acontecerá nos dias 26 a 28 de abril, em São Paulo.