segunda-feira, 25 de março de 2013

Articulação no Semiárido Pernambucano participa de inauguração da Adutora do Pajeú em Serra Talhada

Neilda Pereira, coordenadora executiva da ASA/PE junto a
demais representantes dos movimentos sociais entregando
as Diretrizes de Convivência com o Semiárido à Presidenta Dilma

Dia 25 de março a presidenta Dilma Rousseff inaugurou junto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB), a primeira etapa do Sistema Adutor Pajeú, no município de Serra Talhada. O trecho que foi entregue tem 118 quilômetros (km) de extensão e custou R$ 198 milhões. O projeto prevê, ao todo, 598 km, com investimentos de R$ 547 milhões, captando água do rio São Francisco para atender cerca de 400 mil pessoas de 21 municípios de Pernambuco e oito da Paraíba.

A cerimônia de entrega foi relativa ao trecho de Floresta a Serra Talhada. “Uma obra como essa [Adutora do Pajeú] não podia estar prevista [para terminar] daqui a dez anos. Só temos dificuldade com a seca porque o que estamos fazendo hoje deveria ter sido feito há um século”, disse a presidenta em relação à relevância da obra.

Além das autoridades políticas estiveram presentes no evento diversas instituições representando os movimentos sociais, e dentre esses, a Articulação no Semiárido Pernambuco – ASA/PE, Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco – FETAPE, Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco – CUT e Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. “Estamos com muitos trabalhadores rurais que precisam aliviar o débito junto aos bancos, pois perderam tudo com a seca”, disse Doriel Barros, presidente da FETAPE, que ao final da sua fala convidou membros dos movimentos sociais (ASA, CUT, MST) para entregar à Presidenta Dilma o documento das Diretrizes de Convivência com  o Semiárido.

 “A visita da Presidenta em Serra Talhada foi uma oportunidade para mostrar o que temos vivenciado na região, momento em que estamos atravessando a pior seca dos últimos 50 anos. Na ocasião colocamos para a presidenta a nossa preocupação com a distribuição de cisternas de polietileno e reforçamos a importância de fortalecer as ações de convivência com o semiárido brasileiro.”, afirmou Neilda Pereira, coordenadora executiva da Articulação no Semiárido – ASA/PE.

De acordo com o Ministério da Integração Nacional, a Barragem Ingazeira vai levar água para consumo, irrigação, turismo e piscicultura para as famílias dos municípios de Ingazeira, São José do Egito, Tabira e Tuparetama, beneficiando mais de 36 mil moradores da região. As obras têm investimento previsto de R$ 42 milhões e se iniciarão a partir da assinatura da ordem de serviço.

Articulação no Semiárido participa da entrega de documento no Recife/PE


Evento solene reuniu centenas de pessoas interessadas em conhecer proposta da sociedade civil

Por Mariana Landim – Assessora de Comunicação da ASA-PE

Foto: Daniel Lamir | Arquivo ASAcom
“Diretrizes para a convivência com o Semiárido – Uma contribuição da sociedade civil para a construção de políticas públicas”. Este é o nome do documento que foi apresentado e entregue aos governos, na última quarta-feira (20), na Universidade Católica de Pernambuco (Unicap), no Recife. A proposta tem o objetivo de convocar outros setores da sociedade e do governo a pensarem na região semiárida de maneira permanente, não só em períodos de seca.

Afirmações como “A seca não dá mais ibope” e “Não se deve fazer da seca, uma oportunidade”, marcaram o evento, que contou com a participação de representantes dos governos federal e estadual; da sociedade civil de vários estados do Nordeste; movimentos sociais; estudantes; agricultores/as; lideranças políticas, sindicais e religiosas; além da coordenadora executiva da Articulação no Semiárido Brasileiro (ASA) pelo estado de Pernambuco, Neilda Pereira.

Foto: Daniel Lamir | Arquivo ASAcom
O reitor da Unicap, Padre Pedro, desejou as boas vindas aos participantes, e em seguida foi formada uma mesa. Em sua fala, o Arcebispo de Olinda e Recife, dom Fernando Saburido, fez um resgate histórico acerca da realidade vivenciada pelas populações do Semiárido em tempos de seca, e também explicou sobre as iniciativas tomadas pela sociedade civil e Igreja Católica desde que as pessoas começaram a sofrer com os efeitos da estiagem, ano passado. 

Para o presidente da Federação dos Trabalhadores na Agricultura do Estado de Pernambuco (Fetape), Doriel Barros, ninguém se identifica com um Semiárido triste e desolador, mas sim com um Semiárido diferente. “Esse documento precisa ser reproduzido para que no futuro tenhamos outro cenário frente à seca. A nossa luta é por um Semiárido forte e feliz”, pontua.

O evento ainda teve a presença de um sanfoneiro, e também houve a exibição de dois vídeos, “A seca” e “Alternativas de convivência com o Semiárido implementadas pela sociedade civil organizada”. Na ocasião, o público participante assistiu as questões que envolvem a problemática da seca, em contraponto, às ações exitosas desenvolvidas na região semiárida, que contribuem com uma convivência digna e sustentável.

Foto: Daniel Lamir | Arquivo ASAcom
Segundo Neilda Pereira, o documento é fruto do acúmulo da sociedade civil organizada. “Nós temos construído um conjunto de ações de convivência com o Semiárido, e nesse sentido, chamamos a responsabilidade dos governos, como forma de garantir que as experiências desenvolvidas nesta região se transformem em políticas estruturantes e transformadoras. O Semiárido não é um lugar de coitadinhos e coitadinhas, mas sim de pessoas que tem mostrado a sua capacidade e a sua resistência de viver com dignidade”, assegura.

Foto: Daniel Lamir | Arquivo ASAcom
A proposta foi apresentada por um dos representantes da Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (Contag), Givanilson Silva, que durante a sua fala, mostrou os índices pluviométricos, os dados relevantes sobre as secas anteriores, além das perspectivas para os próximos anos. O documento foi assinado pela Arquidiocese de Olinda e Recife, Contag, Federações dos Trabalhadores e Trabalhadoras Rurais dos nove estados do Nordeste, Sindicatos dos Trabalhadores Rurais, CUT/PE, ASA Brasil, Cáritas NE2, Centro Sabiá, Instituto Cidadania do Nordeste, CPT e MST, e entregue aos representantes dos governos federal e estadual. A iniciativa teve o apoio do deputado de Pernambuco, Manoel Santos.

Diretrizes apontam caminhos para uma vida digna no Semiárido

O documento contempla dez eixos que servirão para subsidiar na construção de políticas públicas que, de maneira efetiva, coloquem o Semiárido num patamar de desenvolvimento sustentável, reconhecendo suas potencialidades. São eles: organização, gestão e financiamento; tecnologias sociais; fortalecimento da infraestrutura hídrica e saneamento; reforma agrária e regularização fundiária; política agrícola; assistência técnica e extensão rural; educação contextualizada; soberania e segurança alimentar e nutricional; meio ambiente; e povos e culturas.

Representantes da ASA Pernambuco fortalecem debate da convivência com o Semiárido na Alepe


Após a aprovação da lei, Articulação estadual reforça a necessidade de garantir ações concretas para o Semiárido pernambucano.

Por Mariana Landim – Assessora de Comunicação da ASA-PE

Neste mês de março, a Assembleia Legislativa de Pernambuco (Alepe), aprovou a lei nº 14.922, que institui a Política Estadual de Convivência com o Semiárido. A lei foi publicada no Diário Oficial do Estado, dia 19, e traz desafios para governo e municípios, na implementação das políticas públicas voltadas para a região semiárida.

Foto: Mariana Landim
Dessa forma, com o objetivo de abrir um canal de diálogo efetivo com a Alepe, na perspectiva de contribuir com a criação de um plano estadual pautado em ações emergenciais e estruturantes, na última quinta-feira (21/03), membros da coordenação estadual da Articulação no Semiárido pernambucano (ASA-PE) se reuniram com o Deputado Estadual e Presidente da Comissão de Agricultura, Pecuária e Política Rural, Diogo Moraes. 

Na ocasião, foi feito um resgate da caminhada da ASA-PE, a partir dos impactos da ação da rede ao longo dos anos, como também foram discutidas diversas questões, entre elas, a importância de investir em ações permanentes, considerando que a lei é uma política de estado e não de governo. De acordo com o deputado, é fundamental que o conjunto da sociedade civil reúna forças para lutar pela desburocratização dos governos, que impedem a efetivação das políticas necessárias para as pessoas que moram no Semiárido.

“É preciso fazer o controle social da lei, mas, sobretudo, criar mecanismos para que a política seja materializada, ou seja, a lei precisa ter praticidade. Pernambuco é um estado referência, pois contribui muito na construção das políticas nacionais, e tudo acontece quando existe a vontade política”, destaca o parlamentar.

Ainda durante a audiência pública, a coordenadora executiva da ASA pelo estado de Pernambuco, Neilda Pereira, defendeu a necessidade de discutir o marco regulatório para sociedade civil, considerando que a legislação existente fragiliza os processos desenvolvidos pelas organizações no estado.

Ao final da audiência, foi encaminhado que no dia 11 de abril, a Comissão de Agricultura fará uma visita a uma comunidade rural do município de Buíque, Agreste do estado. Além disso, também será realizado um seminário para debater a temática do marco regulatório com a sociedade civil organizada, Governo do Estado e Alepe.

“Esse momento reforça os passos que estamos construindo na consolidação de políticas públicas de convivência com o Semiárido, e nessa perspectiva, o diálogo com a Comissão de Agricultura da Alepe, é fundamental para ampliar o debate na busca de proposições que fortaleçam a relação entre estado e sociedade”, conclui Neilda. 

Audiência Publica marca o encerramento da Semana da Água em Pesqueira.




Dia 22 de março, centenas de moradores de Pesqueira e região participaram de ato público e audiência pública em prol da Semana da Água.  Representantes de movimentos sociais e poder público estiveram à frente do movimento, que teve como objetivo requerer políticas públicas mais adequadas de distribuição de água para zona urbana e rural, especialmente devido ao crítico momento vivido na atualidade, cenário da maior estiagem dos últimos 50 anos.

Neilda Pereira
Estiveram presentes no evento diversas escolas públicas e privadas, Compesa, Cáritas Diocesana de Pesqueira, Centro de Apoio ao Pequeno Produtor - CEDAPP, Sindicato de Trabalhadores Rurais de Pesqueira, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, Pastorais Sociais, Pastoral da Criança, dentre outros.

O evento teve início na Praça Jurandir de Brito com uma caminhada até a Praça da Rosa reunindo centenas de cidadãos/ãs, onde houve várias apresentações culturais. Já a culminância do evento ocorreu no auditório do Centro Comercial Rosa, que esteve lotado para uma audiência pública em prol de uma melhoria qualitativa e quantitativa da água no município e onde também foi proposto a arrecadação municipal de 2% para convivência com a seca.

Dentre os representantes da mesa solene na audiência pública estiveram: Neilda Pereira, coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira; Irageu Tabosa, secretário de agricultura; Jonas Brito, secretário de meio ambiente; João Durval, representante do Centro de Apoio ao Pequeno Produtor - CEDAPP; Nado, representante das Pastorais Sociais; Agnaldo Xukuru, da Secretaria de Educação; Wilson Damásio, secretário de Governo; João Rafael, responsável pela Compesa em Pesqueira, bem como diversos vereadores.
Dentre os assuntos mais polêmicos tratados durante a audiência pública, um desses foi a má distribuição de água na zona rural e urbana. “Hoje a única forma de abastecer Pesqueira é a Barragem de Pão-de-Açúcar. O grande problema é que a gente está tirando água da área indígena e essa água percorre 23 km até chegar ao seu destino”, informou João Rafael, da Compesa, sobre as dificuldades do manejo da água, dentre também a falta de redes de encanação em muitos bairros da cidade e o uso ilegal da água para fins comerciais. Porém João Rafael reconheceu que é preciso avançar na distribuição e qualidade da água no município. “A gente precisa melhorar hoje para atender a população”, disse.
Uma das preocupações mais gritantes do momento em relação à água é a praticamente ausência de políticas públicas destinadas à zona rural. “Nossa preocupação também é com a zona rural”, disse Jonas Brito, secretário de Meio Ambiente, que lembrou a viabilidade das cisternas de placa como tecnologia social para armazenamento de água na zona rural. Neilda Pereira, da Cáritas Diocesana de Pesqueira também mostrou preocupação com a situação crítica vivida no semiárido, porém levantou avanços como a instituição da Política de Convivência com o Semiárido. “Pernambuco é o primeiro estado a elaborar uma lei de convivência com o semiárido. Enquanto sociedade civil a gente precisa fazer parte desses momentos, mas precisamos também exercer a nossa cidadania exercendo controle social”, lembrou Neilda Pereira.
O vereador Wagner Cordeiro, o autor da proposição da audiência pública, ainda lembrou que os momentos difíceis estão sendo vivenciados também devido ao descaso do governo. “Todos nós do poder público somos culpados por essa situação que assola o nosso município. O povo clama por soluções. Nós temos que assumir a responsabilidade”, disse Wagner Cordeiro.


Escola Avançar participa da Campanha Água no Semiárido da Cáritas Diocesana

Crianças da educação infantil da Escola Avançar Kids
atentas à palestra
Dia 21 de março, véspera do encerramento da Semana da Água, a Escola Avançar, em Pesqueira, recebeu a Cáritas Diocesana de Pesqueira para um momento de palestras sobre a Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar. Essa iniciativa visa despertar a educação para sensibilização sobre o uso racional dos recursos hídricos.  A Escola Avançar atende alunos do ensino fundamental I e II e ensino infantil.

O articulador Risaldo Gomes e a comunicadora Adriana Leal estiveram à frente das palestras na Escola Avançar, levando material sobre a importância da economia e armazenamento de água  na zona rural e urbana. Os alunos ainda receberam materiais sobre o semiárido e participaram de sorteios de brindes ofertados pela Cáritas Diocesana, bem como deram diversos depoimentos sobre economia de água em suas casas.

A diretora da escola, Maria Aparecida Barbosa,  reforçou a vivência da campanha no ambiente escolar. “A gente acha muito importante a Semana da Água para ensinar sobre a economia de água às crianças para que elas levem esses ensinamentos aos pais”, disse, evidenciando a prática da educação ambiental, onde é de suma importância que os cuidados com o meio ambiente sejam repassados desde a infância para que sejam realizados por toda a vida.

As crianças empolgadas com as palestras e filmes deram diversos depoimentos sobre as ações que tomam em casa para evitar o desperdício de água: “não escovo os dentes com a torneira aberta”, “ensaboo os pratos antes de enxaguar para economizar água”, “minha mãe lava roupa com pouca água” foram alguns depoimentos espontâneos que surgiram entre as crianças na faixa etária de 3 a 12 anos.
Palestras em outras escolas já estão sendo viabilizadas pela Cáritas Diocesana de Pesqueira, finalizando assim  um ciclo educativo entre escolas particulares e públicas do município e região.

Semana da Água - a Semana da Água nasceu em 1999, logo depois da aprovação do Pacto de prevenção e controle de cheias, em Itajaí, dentro do qual foi proposta essa ação educativa. Durante o planejamento que deu origem ao Pacto, os participantes se deram conta de que o manejo adequado dos cursos d’água, a retirada de entulhos e o impedimento de novas deposições de entulhos nos rios, não seriam adotados facilmente. Essa nova visão de gerenciamento de cheias exigiria muita educação e mudança de atitude. Desencadear esse processo de mudança na base da sociedade passou a ser o objetivo da Semana da Água.





quinta-feira, 21 de março de 2013

Etnia Xukuru do Ororubá celebra Semana da Água com projeto nas escolas indígenas



Situada numa privilegiada área de brejo de altitude, contrastando com a caatinga encontrada no interior das regiões semiáridas, a etnia Xukuru, localizada em Pesqueira, a 215 km de Recife, com uma totalidade de 26 aldeias, vive na Serra do Ororubá, numa área que pode alcançar até mil metros de altitude, sendo uma área privilegiada pela vegetação, solo rico, clima agradável e presença de cursos d’água, que inclusive abastecem todo o município. Porém diante da estiagem em que vivemos até a etnia Xukuru tem sofrido com a falta de água, pois alguns aquíferos secaram por quase completamente devido à alta demanda de água, uma vez que a reserva indígena tem suprido água para o município de Pesqueira. Dentre os aquíferos da reserva indígena estão a barragem de Pedra D’água, Pão-de-Açúcar e da Retomada.

Diante desta realidade, a etnia Xukuru adotou no projeto político pedagógico das escolas este ano um tema em prol da água, cujo lema é “Praticando o bem viver, através da educação, da preservação e conservação das águas que são morada dos nossos encantados”, que tem como base a frase do cacique Xikão Xukuru: “As águas são o sangue da terra”, sendo este assassinado em 1988 devido aos conflitos pela terra indígena. 
Açude da Aldeia Santana
A educação Xukuru tem o direcionamento do Conselho de Professores/as Xukuru – O COPIXO, que procura manter a linha de uma educação contextualizada, e conta com aproximadamente 130 professores e professoras. “Esse ano foi desenvolvido um projeto para ser trabalhado nas escolas a fim de falar exclusivamente da água, principalmente nesta época, em que nossa região é uma das mais castigadas pela escassez. O projeto visa principalmente a qualidade do ensino, da aprendizagem, realmente levar para os alunos o que eles precisam saber, não só agora, que está faltando a água, mas antes cuidar como armazenar, a importância de fato para todos nós”, disse Alane Arcoverde, professora de ensino fundamental da Escola Santa Águeda, na Aldeia Caípe. “Então nós estamos trabalhando nas escolas mais na prática, é com visitas nas nascentes, é como preservar, como reutilizar o lixo, como isso pode influenciar de forma positiva na preservação do meio ambiente de um modo geral. A água pra nós é sagrada, tem os encantos. A água é vida pra nós. Na aldeia onde eu trabalho, Caípe, a barragem que tinha perto da escola agora está seca. Então nós observamos, levamos os alunos lá”, reforçou a professora no intuito de colocar em prática os ensinamentos transmitidos aos alunos.

Como bons cuidadores da natureza os Xukuru proíbem banhos e outras práticas que possam contaminar os seus reservatórios de água. “Diante desta seca, que foi uma das maiores que eu já vi e até os mais velhos tem falado, como o poço que atende a aldeia Santana secou, nós fizemos uma reunião com a comunidade e decidimos buscar água no poço de um morador. Antes de racionar, nós tínhamos água em abundância, e durante esta seca as águas foram baixando”, disse José Rosinaldo, agente de saneamento da Secretaria Especial de Saúde Indígena - SESAI e responsável pelo reservatório de água da Aldeia Santana. “Se nós tivéssemos racionado antes talvez não tivesse essa seca que está hoje”, lembrou José Rosinaldo, que todos os dias bombeia água de um poço para distribuição em 27 residências.

A igreja também tem apoiado a questão da economia de água entre os Xukuru. “Nós, da igreja fazemos um trabalho de conscientização nas paróquias, tipo, dando dicas para os nossos paroquianos para o não desperdício de água e sempre haja reutilização da água, não gastar água lavando calçadas, carros, animais, mas tendo cuidado no desperdício. Nós como índios temos como política reutilizar a água”, disse Maurício Freire, vocacionado da Congregação Camiliana e índio da aldeia Santana.

terça-feira, 19 de março de 2013

Comunidades Rurais de Buíque celebra a conclusão de mais uma etapa do Programa Uma Terra e Duas Águas e da Abertura da Semana da Água 2013


Dia 15 de março o Sítio Serra Baixa, em Buíque, foi à comunidade escolhida para celebrar a chegada da Semana da Água e a conclusão de mais uma etapa do Programa Uma Terra e Duas Águas – P1 + 2, que visa à construção de tecnologias sociais como cisternas calçadão e barreiros para prover água para produção de alimentos. No primeiro momento foi realizada uma missa com Dom José Luiz e o Padre Luiz Benevaldo, recém-chegado em Buíque.

“Hoje a gente está aqui para agradecer a Deus. Ele quer que a gente mude a mentalidade para transformar a vida da gente”, disse Dom José Luiz na ocasião da missa reforçando a necessidade da comunidade avançar na questão da busca das políticas públicas de desenvolvimento local.

Na ocasião estiverem presentes representantes das comunidades alcançadas pelo P1 + 2 em Buíque, Secretaria de Agricultura de Buíque, Banco do Nordeste do Brasil – BNB, Sindicato dos Trabalhadores Rurais e Cáritas Diocesana de Pesqueira, bem como o Bispo da Diocese de Pesqueira Dom José Luiz.
Durante o evento o Sr. Manoel Cândido, conhecido como Noé, foi homenageado porque foi o primeiro pedreiro que construiu cisternas no município, tendo cooperado na construção de mais de 32 cisternas de placa.

Neilda Pereira, coordenadora da Cáritas Diocesana de Pesqueira;
 Pe. Benevaldo,  de Buíque e Dom José Luiz, Bispo de Pesqueira
O trabalho da Diocese de Pesqueira está presente em Buíque há cinco anos, tendo iniciado com as construções das cisternas de 16 mil litros, que retém água para beber e cozinhar. As comunidades contempladas com as tecnologias sociais foram: comunidade Angélica, Sítio Cafundó, Serra Baixa, Alazão, Gravatá, Serrinha, dentre outras.  “No P1 + 2 eu vi o acolhimento das famílias. Todo dia foi uma novidade. Tudo isso ajudou muito o trabalho fluir”, disse Heloísa, animadora da Cáritas Diocesana de Pesqueira em Buíque, ressaltando a participação da comunidade no processo.

A reação do público diante dos depoimentos foi a melhor possível em relação à chegada das implementações do P1 + 2 nas comunidades. “Água da melhor qualidade”, “Nunca mais lata d’água na cabeça”, “Nós aprendemos muitas coisas que vai dar renda pra gente” e “Cada um ajudando o outro” foram frases que demonstraram a alegria do povo ao receber as tecnologias sociais, que ao todo foram 25 cisternas calçadão, 12 cisternas de enxurrada, 23 barreiros trincheira e 4 bombas de água populares – BAP, mais 2 capacitações de casas de apoio a sementes. Toda essa preparação mostrando que a partir de agora Buíque está preparada para a chegada das chuvas com a ampliação dos produtos agropecuários e água de qualidade para as famílias. “A gente espera que estas cisternas sejam uma continuidade do que vocês estão construindo”, animou Neilda Pereira, coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira para que as comunidades busquem outras melhorias para otimizar a qualidade de vida local.

A Campanha Água no Semiárido – durante o encerramento do P1 + 2, coincidindo também com a abertura da Semana da Água, foi aberta a Campanha Água no Semiárido – poupar e armazenar para não faltar, que visa a economia e armazenamento de água no semiárido na zona urbana e rural dos municípios que abrangem a Diocese de Pesqueira. 

terça-feira, 12 de março de 2013

Diocese de Pesqueira lança a Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar

Durante a Semana da Água a Cáritas Diocesana abre a Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar. 

A Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar é de grande relevância na atualidade, momento crítico em que vivemos a pior estiagem dos últimos 30 anos na região semiárida brasileira, pois pretende sensibilizar a população que abrange a Diocese de Pesqueira da necessidade de poupar e armazenar água especialmente no período da estiagem, incentivando a economia e armazenamento de água com o sentido de melhorar a qualidade de vida no semiárido, promovendo mudanças de comportamento de consumo com atitudes responsáveis com o meio ambiente e tornando real o desenvolvimento sustentável.

A estiagem que assola o semiárido tem atingindo também fortemente a área urbana, o que faz necessário que a Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar seja realizada tanto na zona rural quanto em área urbana, com ações específicas para cada público, e em ambos os casos visando a economia e armazenamento de água dentro de uma tecnologia social capaz de otimizar a convivência com o semiárido no período de estiagem.

A Campanha Água no Semiárido: poupar e armazenar para não faltar é direcionada aos municípios que abrangem a Diocese de Pesqueira, e tem como metodologia palestras educativas nas escolas e associações de moradores da zona rural e urbana e no espaço educacional da Cáritas Diocesana de Pesqueira; bem como a distribuição de fôlderes educativos e outros materiais de educação durante uma série de eventos a serem realizados pela Diocese de Pesqueira, tais como seminários, capacitações e encontros comunitários. 

Veja a programação abaixo:


Programação

15 de março de 2013:
Participação das comunidades beneficiadas com o Programa P1+2, do Conselho Municipal de Desenvolvimento Rural Sustentável.
Horário: 9h, na Comunidade Serra Baixa – Buíque, sexta-feira.
Programação: Missa campal presidida pelo bispo diocesano de Pesqueira Dom José Luiz Ferreira Salles e almoço de confraternização.

17 de março de 2013:
Divulgação da Campanha na Catedral de Santa Águeda, em Pesqueira-PE
Horário: 19 horas

Divulgação da campanha na Paróquia Cristo Rei, em Pesqueira-PE
Horário: 19 horas

Divulgação da campanha na Matriz de São Sebastião, em Jataúba-PE
Horário:19 horas

Divulgação da campanha na Matriz de São Sebastião na Matriz de Santa Clara de Assis, em Tupanatinga-PE
Horário: 19 horas

18 de março de 2013:
Mobilização na Escola do Sítio Cruz – Garanhuns
Promoção de concursos de dança, poesia, teatro e premiação para crianças.

19 de março de 2013:
Apresentação da Campanha no Educandário Imaculada Conceição, em Pesqueira-PE.

20 de março de 2013:
Escola Estadual José Emídio – Tupanatinga – PE
Protesto sobre o descaso do Açude Boqueirão


21 de março de 2013:
Apresentação da Campanha na Escola Avançar (manhã e tarde), em Pesqueira - PE

22 de março de 2013:
Encerramento no Sítio Cruz - Garanhuns

Famílias de Sítio Cruz comemoram a chegada de cisternas de placas na comunidade

Momento da Missa


Dia 23 de fevereiro ocorreu a entrega oficial das cisternas de 16 mil litros no Sítio Cruz, em Garanhuns, no Agreste de Pernambuco. Os reservatórios foram construídos pela Diocese de Pesqueira, entidade que integra a Articulação Semiárido Brasileiro, em parceria com a Fundação Banco do Brasil (FBB) dentro do Programa Água para Todos, do governo federal.
Estiveram presentes no evento parceiros da Diocese de Pesqueira, Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Garanhuns, Secretaria de Agricultura Familiar do Governo do Estado, representantes do Conselho de Desenvolvimento Rural e Sustentável, Associações de Trabalhadores Rurais e Comissões Municipais, bem como toda a comunidade do Sítio Cruz.
No evento foram inauguradas 240 cisternas nas comunidades de Cruz, Oiteiro, Mimozinho, Morcego e Caxingó. Do total de cisternas que a comunidade vai receber 90% estão na fase de conclusão. As cisternas de 16 mil litros, também chamadas de cisternas da “primeira água”, servem para suprir uma família com água para beber e cozinhar por até oito meses, média de estiagem na região.
O evento teve início na Igreja Nossa Senhora de Guadalupe, numa missa celebrada pelo Padre Juvenal. “Um sonho e uma missão de um milhão de cisternas: isso é um sinal de quando a água da chuva chegar, teremos água boa para beber”, declarou o Padre Juvenal trazendo à memória o Programa Um Milhão de Cisternas, da ASA.  “Nós somos uma igreja só que caminha com o objetivo de uma sociedade melhor”, acrescentou Neilda Pereira, coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira e Coordenadora Executiva da ASA pelo estado de Pernambuco.
Uma das características do Sítio Cruz é a organização comunitária. “Foi uma experiência magnífica pra mim, a comunidade é muito ativa, não é uma comunidade que espera acontecer, ela faz acontecer. Esse projeto abriu um leque muito grande para que as famílias sejam contempladas com mais projetos”, disse Tamires Tenório, técnica agrícola da Cáritas Diocesana de Pesqueira. “Inicialmente esta comunidade já vinha num processo de organização a um bom tempo. Isso facilitou muito o trabalho da gente”, reforçou Arley Gomes, coordenador do Programa Água para Todos em Garanhuns e Correntes pela Diocese de Pesqueira.
A chegada das cisternas no Sítio Cruz animou a comunidade a lutar por outros benefícios. “Vamos em busca de outras melhorias”, se comprometeu o coordenador local do programa de cisternas, Sr. Duda. O governo do estado, representado pelo secretário de agricultura familiar Aldo Santos, já firmou o compromisso, durante o evento, de beneficiar a comunidade com as cisternas calçadão, através do Programa Pernambuco Mais Produtivo, que visa a captação de água para caráter produtivo. “Essa conquista é parte da luta da sociedade e parte do processo de conquista do Brasil”, reforçou Aldo Santos, secretário de agricultura familiar.
“A expectativa é muito boa porque eu vou ter água para o consumo humano, melhorando muito o desenvolvimento doméstico”, disse  Joselita Miguel, uma das beneficiárias da cisterna de 16 mil litros no Sítio Cruz, já fazendo planos para o uso da água.
Após a missa aconteceu uma grande festividade com feijoada e churrasco, ao som de forró pé-de-serra no Clube de Esportes do Sítio Cruz com uma grande festa junto à comunidade.

Cáritas Diocesana de Pesqueira comemora Dia Internacional da Mulher com diversas atividades



Momento da Roda de Conversa
Dia 08 de março, a Cáritas Diocesana de Pesqueira, junto ao Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST e Sindicato de Trabalhadores Rurais de Pesqueira – STR desenvolveram uma série de atividades relacionadas ao Dia Internacional da Mulher.

A programação teve início na parte da manhã do dia 08 de março, com uma caminhada que culminou num ato público na Praça do Rosa, onde foram distribuídos folderes de serviços públicos relativos à mulher e sorteio de brindes. Na ocasião foi lida uma carta reivindicatória à Coordenadoria da Mulher concernente à busca de políticas públicas destinadas às mulheres.  A Cáritas Diocesana de Pesqueira também levou uma palavra sobre O papel da mulher diante da convivência com o semiárido através do coordenador de projeto Itamar Carvalho.

 No mesmo dia aconteceu uma Roda de Conversa com mulheres relevantes à temática da mulher no Seminário São José, às 19h, com a participação de Santina, educadora popular em Buíque; Irmã Luzia, da Área Pastoral Nossa Senhora do Carmo, na Vila Anápolis em Pesqueira e Yolanda, presidente do Conselho de Desenvolvimento Rural Sustentável de Buíque.

A Roda de Conversa teve como tema Mulheres semeando a cidadania e também foi abertura da Escola Fé e Vida 2013, com a participação de representantes de movimentos sociais e igreja.  A programação foi iniciada com a acolhida de Heloísa, técnica agrícola da Cáritas Diocesana de Pesqueira, que levou uma dinâmica de grupo às mulheres e leu um poema relativo ao Dia Internacional da Mulher.

As mulheres interagiram sobre a participação das mulheres na sociedade, tema cada vez mais relevante na sociedade atual. “Nós enquanto mulheres  devemos estar ocupando os lugares que são nossos. Chega de a gente vir aqui só ouvir, falar e não transformar. A hora é agora”, animou Santina.

Irmã Luzia trouxe ao debate a participação da mulher na igreja, que algumas vezes ainda é vista como tabu dentro dos cargos eclesiásticos. “Eu como freira ocupo um lugar que não é feminino”, disse Irmã Luzia. Já Yolanda falou acerca da participação das mulheres na elaboração das políticas públicas. “É preciso que a gente oriente às mulheres sobre as políticas públicas destinadas a elas, pois a mulher ainda é muito discriminada”, lembrou Yolanda.

segunda-feira, 11 de março de 2013

Diocese de Pesqueira realiza Curso de Gestão de Água para Produção de Alimento através do Pernambuco Mais Produtivo em Belo Jardim

Participantes do curso de GAPA em frente a Associação
 dos Pequenos
Produtores Rurais Nova Esperança

Dia 05 e 06 de março foi realizado o Curso de Gestão de Água para Produção de Alimentos – GAPA do Programa Pernambuco Mais Produtivo, realizado pela Diocese de Pesqueira, na Associação dos Pequenos Produtores Rurais Nova Esperança – APRONE,no Sítio Pocinhos, em Belo Jardim. O curso é uma das etapas que devem passar os beneficiários da cisterna calçadão do programa e serve para que os agricultores/as possam aprender novas formas para facilitar o cultivo de plantas e hortaliças e de animais para melhorar a qualidade de vida através da alimentação familiar, fortalecendo a segurança alimentar e nutricional.

Aproximadamente 37 beneficiários da cisterna calçadão participaram do curso, uma vez que este tipo de cisterna visa a captação de água para produção de alimentos. Dentre os depoimentos dos participantes do curso, estiveram as seguintes declarações: “Aprendemos muita coisa, foi uma maravilha”, “A seca está assolando, mas com garra a gente vence”, “O instrutor explicou muito bem e da próxima vez eu vou vir novamente”.

 “O papel da equipe é capacitar a comunidade para cuidar das cisternas”, disse Aldo Gustavo, instrutor do curso de GAPA, evidenciando os benefícios do Programa Pernambuco Mais Produtivo, que visa dotar unidades familiares de infraestrutura hídrica para produção de alimentos, através da implantação de tecnologias sociais de captação e armazenamento de água da chuva.

Os Cursos de GAPA já são previstos no cronograma do Programa Pernambuco Mais Produtivo, sendo este o curso inicial. Após este será realizado o curso de Sistema de Irrigação Simplificado e Manejo de Água – SISMA com os mesmos participantes dos cursos de GAPA, sendo um dos requisitos do recebimento da cisterna calçadão “A partir de hoje vocês serão fiscais. Quando há mais de uma voz, o pessoal escuta e fortalece”, disse Devaldo Silva, técnico agrícola da Diocese de Pesqueira que planeja e acompanha os cursos, falando da importância da comunidade no processo de implantação das tecnologias sociais.

Durante o curso são repassadas todas as etapas da e manutenção da cisterna calçadão e formas de tratamento de água a fim de promover mais qualidade de vida às comunidades do campo.





quarta-feira, 6 de março de 2013


STR, MST e Cáritas Diocesana de Pesqueira realizam evento em prol do Dia Internacional da Mulher

Dia 05 de março foi realizada uma reunião entre o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, Cáritas  Diocesana de Pesqueira e Sindicato dos Trabalhadores Rurais de Pesqueira para articular atividades alusivas ao Dia Internacional da Mulher. Estiveram presentes na reunião Risaldo Gomes e Adriana Leal, da Cáritas Diocesana de Pesqueira; Jodair Leão e Elisângela do Nascimento, do MST e Maryleide Maciel, do STR.

As três instituições envolvidas na reunião pretendem elaborar conjuntamente uma ação em prol do Dia Internacional da Mulher no município de Pesqueira. A programação terá início na parte da manhã do dia 08 de março, com uma caminhada que culminará num ato público na Praça do Rosa, onde serão distribuídos folderes de serviços públicos relativos à mulher, realizados exames simples de saúde, salão de beleza,  e serão tratados assuntos como a convivência com o semiárido e o papel da mulher. No mesmo dia haverá uma Roda de Conversa com mulheres relevantes à temática da mulher no Seminário São José, às 19h.

As mulheres que irão participar do movimento já estão animadas com a programação. “Nós, mulheres do MST, precisamos de palestras falando como devemos nos prevenir com as doenças que estão nos fazendo tanto mal. Como por exemplo, o câncer de útero e da mama e com essas palestras da sexta-feira vai ser bom para nós mulheres ficarmos mais entendidas sobre esses assuntos e esperarmos também que depois desta mobilização as pessoas nos olhem com mais segurança e que abra mais caminhos para nos ocupar o lugar que pertence na sociedade e também vai fazer muito bem nos sentimos um pouco mais bonitas nem que seja só por um dia e nos sentimos completamente maravilhosas. Nesse dia tão especial que é o nosso dia”, disse Elisângela do Nascimento, do  MST.

Dia Internacional da Mulher - O dia internacional da mulher teve origem em 08 de março de 1857, quando operárias de uma fábrica de tecidos, situada na cidade norte americana de Nova Iorque, fizeram uma grande greve. Ocuparam a fábrica e começaram a reivindicar melhores condições de trabalho, tais como, redução na carga diária de trabalho para dez horas (as fábricas exigiam 16 horas de trabalho diário), equiparação de salários com os homens (as mulheres chegavam a receber até um terço do salário de um homem, para executar o mesmo tipo de trabalho) e tratamento digno dentro do ambiente de trabalho.

A manifestação foi reprimida com total violência. As mulheres foram trancadas dentro da fábrica, que foi incendiada. Aproximadamente 130 tecelãs morreram carbonizadas, num ato totalmente desumano.

Porém, somente no ano de 1910, durante uma conferência na Dinamarca,  ficou decidido que o 08 de março passaria a ser o "Dia Internacional da Mulher", em homenagem as mulheres que morreram na fábrica em 1857. Mas somente no ano de 1975, através de um decreto, a data foi oficializada pela Organização das Nações Unidas - ONU.