Neilda Pereira, coordenadora executiva da ASA/PE junto a demais representantes dos movimentos sociais entregando as Diretrizes de Convivência com o Semiárido à Presidenta Dilma |
Dia 25 de março a presidenta
Dilma Rousseff inaugurou junto com o governador de Pernambuco, Eduardo Campos
(PSB), a primeira etapa do Sistema Adutor Pajeú, no município de Serra Talhada.
O trecho que foi entregue tem 118 quilômetros (km) de extensão e custou R$ 198
milhões. O projeto prevê, ao todo, 598 km, com investimentos de R$ 547 milhões,
captando água do rio São Francisco para atender cerca de 400 mil pessoas de 21
municípios de Pernambuco e oito da Paraíba.
A cerimônia de
entrega foi relativa ao trecho de Floresta a Serra Talhada. “Uma obra como essa
[Adutora do Pajeú] não podia estar prevista [para terminar] daqui a dez anos.
Só temos dificuldade com a seca porque o que estamos fazendo hoje deveria ter
sido feito há um século”, disse a presidenta em relação à relevância da obra.
Além
das autoridades políticas estiveram presentes no evento diversas instituições
representando os movimentos sociais, e dentre esses, a Articulação no Semiárido
Pernambuco – ASA/PE, Federação dos Trabalhadores na Agricultura de Pernambuco –
FETAPE, Central Única dos Trabalhadores em Pernambuco – CUT e Movimento dos
Trabalhadores Rurais Sem Terra – MST. “Estamos com muitos
trabalhadores rurais que precisam aliviar o débito junto aos bancos, pois perderam
tudo com a seca”, disse Doriel Barros, presidente da FETAPE, que ao final da sua
fala convidou membros dos movimentos sociais (ASA, CUT, MST) para entregar à
Presidenta Dilma o documento das Diretrizes de Convivência com o Semiárido.
“A visita da Presidenta em Serra Talhada foi
uma oportunidade para mostrar o que temos vivenciado na região, momento em que
estamos atravessando a pior seca dos últimos 50 anos. Na ocasião colocamos para
a presidenta a nossa preocupação com a distribuição de cisternas de polietileno
e reforçamos a importância de fortalecer as ações de convivência com o
semiárido brasileiro.”, afirmou Neilda Pereira, coordenadora executiva da
Articulação no Semiárido – ASA/PE.
De acordo com o
Ministério da Integração Nacional, a Barragem Ingazeira vai levar água para
consumo, irrigação, turismo e piscicultura para as famílias dos municípios de
Ingazeira, São José do Egito, Tabira e Tuparetama, beneficiando mais de 36 mil
moradores da região. As obras têm investimento previsto de R$ 42 milhões e se
iniciarão a partir da assinatura da ordem de serviço.
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