quarta-feira, 30 de janeiro de 2013


Diocese de Pesqueira realiza reunião com as organizações parcerias do Agreste Pernambucano.
A Diocese de Pesqueira através do Projeto Pernambuco Mais Produtivo promoveu no dia 29 de janeiro uma reunião de monitoramento das atividades com os parceiros dos diversos municípios que o projeto abrange pela Diocese de Pesqueira.  Conhecido como 2ª Água, o projeto tem como objetivo melhorar a capacidade produtiva das famílias do meio rural, por meio de implantação de tecnologias sociais de captação e armazenamento de água da chuva, sendo a principal delas cisternas calçadão, com capacidade de armazenamento de 52 mil litros, para ser utilizada no plantio dos sistemas familiares de produção de alimentos ou criação de pequenos animais. 
Participantes da reunião

O Projeto é uma ação do Governo de Pernambuco em parceria com a Articulação no Semiárido Brasileiro, por meio da Secretaria de Agricultura e Reforma Agrária - SARA, sob a coordenação da Secretaria Executiva da Agricultura Familiar- SEAF e o Ministério de Desenvolvimento Social e Combate a Fome – MDS tem como entidades contratadas na região, para gestão a Diocese de Caruaru e execução a Diocese de Pesqueira, que tem como metas para o projeto atender 23 municípios no estado de Pernambuco com 4.025 cisternas calçadão; 20 cisternas telhadão; 50 tanques de pedra e 400 terreiros de secagem.


Seminário Diocesano da 5° Semana Social Brasileira inicia com Roda de Conversa



Palestrantes da Roda de Conversa
Dia 26 de janeiro aconteceu no Seminário São José em Pesqueira mais uma das atividades relacionadas à 5ª Semana Social Brasileira, que foi uma Roda de Conversa para discutir assuntos pontuais da atualidade. Na ocasião foram abordados três temas relevantes: uma experiência rural exitosa, a vitória contra a dependência química e a importância do trabalho social nas comunidades menos favorecidas.

Várias lideranças locais e representantes governamentais estiveram presentes no debate, dentre esses novos secretários da nova gestão do município de Pesqueira e o Major Medeiros, representando o Prefeito eleito Evandro Chacon, bem como representantes das Cáritas Paroquias e o Bispo de Pesqueira Dom José Luiz.
A 5ª Semana Social Brasileira propõe o tema “Um Novo Estado, Caminho para Uma Nova Sociedade do Bem Viver” e a Roda de Conversa é uma atividade que propõe mobilizar a sociedade civil para refletir sobre as estruturas sociais, processo de sua democratização, promovendo a participação dos pobres e excluídos na construção de um país justo, democrático, solidário e sustentável. “A CNBB nos convida a refletir sobre um tema que tem a ver com a nossa realidade. É um chamado para que cada um de nós repense sobre essa sociedade que nós constituímos”, disse Neilda Pereira, coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira.

Foi foco da Rede de Conversa três cidadãos vindos de diferentes pontos da sociedade: Simão Salgado, agricultor em Caetés; Márcio, ex-dependente químico, de Pesqueira e Socorro Vidal, psicanalista, dentista e integrante de projeto social em Arcoverde.

O Sr. Simão Salgado contou da sua experiência em pleno semiárido em Caetés, mostrando que é possível viver com água de qualidade e dignidade na região. Contemplado com o Programa Um Milhão de Cisternas – P1MC e o Programa Uma Terra e Duas Águas – P1+2, da Articulação no Semiárido – ASA.  Sr. Simão possui uma cisterna de 16 mil litros para consumo humano, uma cisterna de 52 mil litros para produção de alimentos e consumo animal, da ASA, e mais duas cisternas vindas de outros programas, bem como reservatórios de água, o que o possibilita manter um programa de agricultura mesmo durante a estiagem.  “O depoimento do Sr. Simão retrata a realidade de muitos agricultores, que não é combater a seca, mas conviver com o semiárido”, explica Neilda Pereira.

Socorro Vidal abordou o tema da busca das políticas públicas adequadas aos diferentes anseios da comunidade. “Nós enfrentamos os mesmos problemas desde o descobrimento do país, que é ser reconhecido como cidadão. Por que ainda em 2013 nós enfrentamos o problema da seca?”, perguntou Socorro Vidal. “Está na hora da gente se empenhar e construir o Estado que queremos. O papel de fazer um Novo Estado é nosso”, desafiou Socorro, que atua na Colônia Penal Feminina de Buíque como dentista e oferece aulas de música aos filhos dos detentos na Vila do Presídio.

Márcio, natural de Pesqueira, falou sobre a entrada na Fazenda Esperança e o processo de desintoxicação das drogas, mostrando-se um cidadão recuperado, empregado e atuante na Pastoral. “Lá (na Fazenda Esperança) eu pude entender que Deus me ama porque eu fui escolhido. O governo nos trata como se fôssemos um monte de bichos. Muitas vezes a gente limita a pessoa à condição”, disse Márcio, mostrando que não devemos rotular as pessoas e que todos merecem uma segunda chance de recuperação. “Eu sou um homem que errou, tive a consciência que errei e trilhei um novo caminho”, afirmou Márcio, que hoje é segurança de um supermercado.

Após a explanação dos palestrantes na Roda de Conversa foi aberto um debate com grande participação dos presentes, que interagiram com os temas, demostrando que é possível abrir espaço para discussão de assuntos tão pertinentes à sociedade em busca de políticas públicas contextualizadas.

Seminário Diocesano acontece em Pesqueira em preparação à 5ª Semana Social Brasileira

Organizadores e participantes do Seminário Diocesano


Atendendo a convocação da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil – CNBB - para a vivência da 5° Semana Social Brasileira, cujo tema é Um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do bem viver, a Diocese de Pesqueira desde Abril de 2012 vem realizando momentos de reflexão e discussão nos grupos, associações, ONGs, sindicatos e comunidades.
No dia 27 de janeiro de 2013, setenta Delegados dos 13 municípios da Diocese de Pesqueira  e convidados de municípios vizinhos, participaram, no Centro de Pastoral João Paulo II, no Seminário São José, em Pesqueira,  do Seminário Diocesano.
O Seminário foi organizado pela Cáritas Diocesana de Pesqueira junto com uma equipe da Coordenação Diocesana e das Pastorais Sociais, com assessoria de Padre Nelito Dornelas para o momento de debates e reflexões.
O símbolo do Seminário Diocesano foi a Casa, lugar onde se vive em sociedade. Cada momento foi marcado por este espaço significativo de história de cada um.
O Seminário foi iniciado com um grupo de crianças de Arcoverde que apresentou a dança do coco, e dois jovens aboiadores de Sertânia que cantaram versos para os participantes. A seguir, Dom José Luiz, Bispo da Diocese de Pesqueira, dirigiu a todos uma palavra de acolhida e encorajamento à reflexão, motivando ao público ao  tema da 5ª Semana Social Brasileira e lembrando da experiência dos indígenas Quetchua da Bolivia, que sonham uma sociedade do Bem Viver, do Conviver e do Pertencer.
Padre Nelito Dornelas falou que a sociedade vislumbrada  se constrói com base na paz que é encontrada no caminho que todos desejam percorrer: “a paz para trás, que nos leva assumir nosso passado pessoal e coletivo; a paz para frente que nos desafia a uma reconciliação com as gerações futuras; a paz para cima que nos conduz à experiência do divino, da transcendência; a paz para baixo que nos leva a assumir o lugar onde pisamos; a paz para a direita com nossos vizinhos; paz para a esquerda, com nossa família que habita nosso coração e a paz para dentro que nos convida a uma reconciliação conosco mesmos.”
Após a reflexão, os convidados habitaram outras casas: a Casa da Convivência com o Semiárido; a Casa da Economia Popular Solidária; a Casa da Saúde e a Casa da Educação, onde em grupos de trabalho foi refletido sobre as dificuldades em relação a estas questões, as implicações para a vida dos pobres e as propostas de mudanças que vistas no horizonte.
Em plenário emergiu a realidade de sofrimento vivida pelo povo da região e o desejo de mudança que habita o coração de todos. A partir desse ponto foram nascendo as proposições sistematizadas na Carta Propositiva que foi o fruto do Seminário e será oferecida à população e às autoridades dos municípios da Diocese de Pesqueira como planejamento de um novo Estado e uma nova sociedade do bem viver. A Carta foi lida e aprovada e foram eleitos os Delegados para o Seminário Regional Nordeste II a ser realizado em maio de 2013.
Ir. Luzia Ribeiro Furtado

quinta-feira, 24 de janeiro de 2013

CÁRITAS DIOCESANA DE PESQUEIRA ANIMA ENCONTRO DA 5ª SEMANA SOCIAL BRASILEIRA EM BELO JARDIM




Dia 22 de janeiro a cidade de Belo Jardim foi palco para estudo da 5ª Semana Social Brasileira, reunindo lideranças do município e também de Sanharó. O Colégio Diocesano de Belo Jardim Monsenhor Francisco Neves foi espaço para convivência de comunhão, estudo e participação.

A Cáritas Diocesana de Pesqueira foi convidada para conduzir  o tema da 5ª Semana Social Brasileira: Estado para que e para quem, bem como o lema: Um novo Estado, caminho para uma nova sociedade do Bem Viver.

Participantes da 5ª Semana Social em Belo Jardim
Lucilene Santos (Coordenação Diocesana de Pastoral) e Antônio Lira (da entidade ASAS) foram os articuladores do encontro, dividindo as tarefas com outras lideranças locais, reunindo representantes e lideranças da sociedade civil e agentes de pastoral para refletir propostas de mudanças na esfera de atuação do Estado que precisa abrir-se para realmente cumprir sua função de serviço ao povo.

A irmã franciscana Ângela Maria A. Ramalho, da Congregação das Irmãs de Siessen, conduziu a oração inicial com uma dinâmica  dentro do tema que seria abordado.
Na apresentação dos participantes percebia-se que todos estavam ali para somar, aprender e convictos que unidos é possível construir um mundo mais fraterno e melhor, pois na ocasião estavam pessoas engajadas nas  pastorais sociais, grupos e organismos que trabalham pela promoção da pessoa humana. 

As vozes das lideranças da ASAS, Casa de Maria, CEAPES, Fundação Belo Jardim, Grupo de Estudos e Apoio à Adoção do Vale do Ipojuca – GEADIP, Missionários e Pastoral da Criança foram unânimes: “Queremos continuar nos reunindo. Precisamos desta animação. A mobilização é muito importante. Nós chegamos aos Conselhos Paritários e não encontramos as lideranças da Igreja. Cadê a atuação dos católicos e dos irmãos evangélicos? Às vezes ficamos desencantados com a falta de mobilização da sociedade civil”.

Tatiana Valério (GEADIP) fez uma proposta na ocasião: “Que tal mantermos um fórum de reflexão e debate, do levantamento de propostas e alternativas que testemunhem caminhos de transformação e justiça social?”.

Ao término do evento a Cáritas Diocesana de Pesqueira, além de agradecer o honroso convite, distribuiu algumas cartilhas que demonstram a atuação da entidade na defesa e na promoção dos direitos humanos, na conquista e controle social de políticas públicas e no desenvolvimento sustentável solidário.

Cáritas Diocesana de Pesqueira participa do evento do Garantia Safra na cidade de Correntes


Dia 24 de janeiro a Diocese de Pesqueira participou da solenidade de assinatura do termo de adesão do Garantia Safra em Correntes. O evento ocorreu na Câmara de Vereadores e contou com a presença de representantes dos Sindicatos de Trabalhadores Rurais, IPA, Secretaria de Agricultura , ProRural e o Prefeito de Correntes.

A Diocese de Pesqueira esteve representada no evento pela coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira Neilda Pereira; o coordenador do Programa Água para Todos em Garanhuns e Correntes Arley Gomes; o técnico agrícola Amadeu; a Gerente Financeira Magna Pollyana e a Comunicadora Popular Adriana Leal.

Mesa Solene do evento
Na mesa solene do evento marcaram presença o Prefeito de Correntes Sr. Edmilson da Bahia; a Coordenadora Geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira Neilda Pereira; o Presidente da Câmara Municipal José Cardoso; o representante do Instituto de Pesquisas Agronômicas – IPA Mário César e Filomena, do ProRural.

O Garantia Safra (GS) é uma ação Programa Nacional de Fortalecimento da Agricultura Familiar (Pronaf) para agricultores familiares da área de atuação da Sudene, majoritariamente semiárida, que sofrem perda de safra por seca ou excesso de chuvas. Os agricultores que aderirem ao GS nos municípios em que forem detectadas perdas de, pelo menos, 50% da produção de algodão, arroz, feijão, mandioca ou milho, receberão a indenização diretamente do governo federal. O programa é um incentivo à produção agrícola no semiárido. “O que nós queremos é que o agricultor não deixe de plantar as culturas de feijão e milho”, informou Mário César, do IPA.

Os requisitos para aderir ao GS é ser agricultor familiar, conforme definido Pronaf; não ter renda familiar mensal superior a 1,5 (um e meio) salário mínimo; efetuar a adesão antes do plantio e não detiver área superior a 4 módulos fiscais e a área total a ser plantada não pode superar cinco hectares.
Os agricultores familiares selecionados serão convocados pela prefeitura para receberem o boleto bancário com prazo determinado para pagamento da contribuição do agricultor, R$ 9,50 (safra 2012/2013). O valor anual da indenização é de R$ 760,00 (a partir da safra 2012/2013).

Na ocasião, Neilda Pereira, Coordenadora Geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira, lembrou da situação calamitosa da estiagem vigente e propôs ações estruturantes para convivência com o semiárido, com a implementação de políticas públicas pertinentes à região. “Nós precisamos criar ações e políticas concretas para a agricultura familiar. Ou Pernambuco avança numa Política Estadual de Convivência com o Semiárido ou vamos passar ano após ano investindo em ações emergenciais”, desafiou Neilda.

O Prefeito de Correntes Sr. Edmilson Bahia, na ocasião da assinatura do termo de adesão do GS afirmou: “A prefeitura vai estar sempre à disposição de todos. Vamos fazer um trabalho em conjunto.”

segunda-feira, 21 de janeiro de 2013

Articulação no Semiárido Pernambucano realiza reunião de planejamento para 2013



Dia 17 de janeiro as organizações integrantes da Articulação no Semiárido – ASA/PE estiveram reunidas no Seminário São José, em Pesqueira, para a reunião da coordenação Estadual da ASA/PE. Estiveram presentes na ocasião a Diaconia, Diocese de Pesqueira, Chapada, Centro Sabiá, Diocese de Caruaru, Agroflor, Casa da Mulher, Adessu,  Copagel, Polo Sindical, Centro de Educação Comunitária Rural- CECOR, Serviço de Tecnologia Alternativa – SERTA e Caatinga.  

O objetivo da reunião foi fazer uma retrospectiva da atuação da rede em 2012, bem como sugerir prioridades para 2013. Dentre os pontos a serem considerados  pela ASA/PE no ano de 2012 foram colocados a resiliência promovida pela seca nos sistemas agroecológicos; as eleições municipais ;o fortalecimento do  trabalho em rede;  as conquistas políticas; a parceria com o Governo; o EncoASA;  o fortalecimento do núcleo de comunicação; o pensamento de novas tecnologia de convivência com o semiárido e a  discussão da Política Estadual de Convivência com o Semiárido.

Natan, representante do Conselho Estadual de Segurança Alimentar foi um dos convidados da reunião que trouxe uma palestra sobre as consequências da seca para a saúde humana, abrindo um debate sobre segurança alimentar e nutricional, tema pertinente ao  momento atual em que vivemos uma das piores estiagens dos últimos tempos, quando Pernambuco apresenta insegurança alimentar nos 37, 1% da população.

A Associação Plantas do Nordeste - APNE apresentou o projeto desenvolvido pelo Cecor e Chapada para manejo da caatinga através da madeira sustentável para o Polo Gesseiro nos municípios de Araripina e Serra Talhada, que tem como estratégia o combate à desertificação através da extração de lenha legal. A madeira disponível também deverá ser utilizada nos fogões ecológicos do Caatinga e é um projeto exclusivo para assentamentos.

Durante a reunião foram discutidos a possibilidade de novos projetos para a ASA/PE como o Projeto de Cisternas nas Escolas e o Programa Nacional de Habitação Rural em parceria com a Fundação Banco do Brasil.

Na ocasião o bispo da Diocese de Pesqueira, Dom José Luiz marcou presença no evento animando a todos a continuar participando da luta em prol de um semiárido mais justo e digno. Para a Coordenadora Executiva da ASA pelo estado de Pernambuco essa reunião reforça a necessidade de definirmos prioridades para 2013. “Vivemos um momento de desafios, mas também de oportunidades, precisamos refletir sobre a conjuntura atual e a partir dessa reflexão pensar nos próximos passos da articulação”. Destacou Neilda Pereira. 

Diocese de Pesqueira prepara seminário da 5ª Semana Social Brasileira


 
As Semanas Sociais Brasileiras (SSBs) são longos processos de reflexão e ação. Trata-se de uma trajetória reflexiva que está em curso e que, em termos mais populares, procura abrir veredas a partir do Estado que temos para o Estado que queremos. O tema da 5ª SSB atual é a Participação da sociedade no processo de democratização do Estado Brasileiro. As Semanas Sociais articulam as forças populares e intelectuais debater questões sócio-políticas relevantes e traçar perspectivas para o seu país, baseadas no Ensino Social da igreja.

Inúmeros atores da sociedade civil participam da 5ª Semana Social Brasileira, tais como os movimentos e pastorais sociais, entidades, associações, organizações não governamentais, campanhas, mobilizações, consulta popular. Um desses frutos é o Grito dos Excluídos, que desde 1995 vem lutando pela “vida em primeiro lugar”.

A Cáritas Diocesana de Pesqueira tem participado da organização de um conjunto de atividades planejadas pela Diocese de Pesqueira como o Grito dos Excluídos, Encontro com os Candidatos, Elaboração da Cartilha da 5ª Semana Social e o Seminário da 5ª Semana Social.

Dia 30 de outubro, no Encontro Diocesano para Missionários, a Diocese de Pesqueira fez o lançamento da Cartilha Popular em preparação para a 5ª Semana Social Brasileira, que foi produzida pelas lideranças de organismos e pastorais sociais diocesanos. Elaborada numa linguagem popular, cada encontro da Cartilha tem um roteiro simples, com citação bíblica condizente com o tema. Conforme as palavras de Dom José Luiz, Bispo de Pesqueira, no texto do primeiro encontro, o subsídio que ser um instrumento motivador para “participar com esperança e renovado esforço da discussão e das iniciativas em favor de um Estado democrático, que garanta as condições de vida digna para todos”.

A divulgação da Cartilha suscitou o interesse de muitos grupos na Diocese e, para sistematizar melhor a discussão, a equipe responsável pela vivência da 5ª SSB na Diocese de Pesqueira, em reunião com Dom José Luiz, bispo diocesano, a equipe resolveu promover encontros nas regiões pastorais durante os quais será aprofundado o tema e escolhidos os delegados para o Seminário Diocesano agendado para o dia 27 de janeiro, incluindo a participação de lideranças dos 13 municípios que compõem a Diocese. Esta ocasião será a culminância da 5ª Semana Social Brasileira na Diocese de Pesqueira, onde serão abordados temas como Convivência com o semiárido, Economia Popular Solidária, Educação e Saúde.
Nos encontros regionais, para ajudar a reflexão sobre a realidade que temos e os caminhos para uma sociedade do bem viver, foi produzido um documentário com imagens locais, das dificuldades enfrentadas pela população, sobretudo relativas à seca. No mesmo filme constam ainda experiências de solidariedade e iniciativas de pastorais e organismos sociais desenvolvidas na região. A partir daí, a discussão será ampliada às comunidades e paróquias através de um novo subsídio que a diocese pretende distribuir

CÁRITAS DIOCESANA DE PESQUEIRA PARTICIPA DE ATIVIDADE DE PREMIAÇÃO EM JATAUBA


A Cáritas Diocesana de Pesqueira participou no dia 17 de janeiro de 2013, em Jataúba – PE, a entrega de um notebook a Rosiene de Souza Nascimento, na Cáritas Paroquial Quitéria Abigail Araújo. O prêmio foi entregue porque a menina foi ganhadora do concurso referente ao logotipo da fábrica de sabão da Cáritas Paroquial.

O evento ocorreu em frente à Matriz de São Sebastião e contou com a presença de Pe. Samuel Briano, Pe. Fábio Pereira dos Santos, Pe. Eduardo de Freitas Valença e seminaristas, Cáritas Paroquial Quitéria Abigail Araújo, alunos de escolas públicas, membros das pastorais, movimentos eclesiais e parentes da premiada.  

Rosilene, 12 anos, bastante emocionada, agradeceu ao prêmio: “É maravilhoso! Agradeço a Deus e a vocês por terem escolhido o meu desenho”. E ainda afirmou que o prêmio vai ser uma ferramenta útil aos estudos.

Nadja, presidente da Cáritas Paroquial Quitéria Abigail Araújo, agradeceu a iniciativa da Cáritas Diocesana em oferecer o prêmio: “Obrigado, Cáritas Diocesana de Pesqueira por ajudar a gente de Jataúba, através da Cáritas Paroquial, a disseminar esta proposta da Fábrica de Sabão. Obrigado por estarmos juntos promovendo ideias de deixar o planeta terra mais limpo e habitável para as gerações futuras”. E reforçou que os membros da Cáritas Paroquial sonham em ver os problemas do descarte do óleo na pia da cozinha solucionados pelos jataubenses: “Nós não temos noção do mal que causamos ao planeta e a nós”, argumentou, uma vez que substâncias oleosas estão entre os maiores poluidores de água existentes.

 

 

Cisternas de polietileno chegam ao Agreste Pernambucano

Cisterna de Polietileno em Alagoinha

As cisternas de polietileno, conhecidas popularmente também como cisternas de plástico são uma das alternativas propostas para alcançar a meta de universalização do acesso à água no âmbito do Programa Água para Todos, do Governo Federal.
O equipamento tem sido instalado em todo o semiárido brasileiro, e agora chegaram a Alagoinha-PE e região. Com um custo elevado, sendo praticamente o dobro do valor, se comparado às cisternas de placas construídas pelas organizações da ASA, as cisternas de polietileno são consideradas um retrocesso para a sociedade civil organizada e movimentos sociais, que há anos lutam pela implementação de tecnologias sustentáveis para a região semiárida, conforme questionou Arley Gomes, coordenador de projetos  da Diocese de Pesqueira na região: “A cisterna de polietileno é uma tecnologia que chega que a gente não tem a certeza de que trará um benefício concreto e duradouro para as comunidades. Quando nós fazemos um comparativo com a cisterna de placa, existe uma diferença muito grande na questão de orçamento".

Números oficiais apontam que cada cisterna de polietileno tem custo total (equipamento e instalação) de R$ 5.090, ou seja, mais que o dobro da cisterna de placas de cimento que, segundo a ASA, sai por aproximadamente R$ 2.200. Levando em conta os dados apresentados, enquanto as 300 mil cisternas de polietileno vão custar R$ 1,5 bilhão aos cofres públicos, se a tecnologia utilizada fosse a de placas, esse valor seria de R$ 660 milhões. 
A opção da cisterna de polietileno também virou alvo de reclamações e protestos um grande quantitativo das novas cisternas tiveram que ser substituídas depois de apresentarem deformações, em menos de três meses de uso, conforme declarou o beneficiário Eduardo Alves proprietário de uma cisterna polietileno de há aproximadamente um mês no Sítio Sete Baraúnas, em Alagoinha: “Eu noto que está começando a engelhar embaixo".

Além disso, não existe a valorização da mão-de-obra local no processo de implementação da cisterna de polietileno, diferentemente da cisterna de placa, que atua com a tecnologia social, onde o próprio beneficiário da cisterna participa ativamente de todo processo de construção e capacitações requeridas, o que fortelece os movimentos sociais e a busca por novas políticas públicas mais adequadas ao homem do campo. “Na questão da mobilização a comunidade participa ativamente de todo processo da formação, capacitação, da construção. É uma forma de a gente estar fortalecendo as comunidades que a gente atua”, apoiou Arley Gomes.

Em Alagoinha, várias associações de moradores aderiram às cisternas de polietileno visando o benefício imediato, porém, alguns representantes da comunidade que já conhecem os benefícios da cisterna de placa rejeitam o equipamento, como Lúcia Galindo, presidente da Associação de Moradores do Sítio Prazeres. “Eu não aceito enquanto eu for presidente. O que eu passo para os associados é que esperem a cisterna de placa”, disse Lúcia, lembrando ainda da geração de renda para a comunidade com implementação da cisterna de placa, bem como a formação profissional no caso da função de pedreiro, uma vez que a capacitação de mão-de-obra geralmente ocorre na própria comunidade.  

segunda-feira, 14 de janeiro de 2013

Organizações da ASA/PE e Secretaria Executiva da Agricultura Familiar realizam Dia de Campo em São Bento do Una

Participantes da reunião do Dia de Campo
Dia 11 de janeiro, as organizações gestoras do Projeto Pernambuco Mais Produtivo e a Secretaria Executiva da Agricultura realizaram no Sítio Minador, em São Bento do Una, o Dia de Campo, destinado a abertura de diálogo com as organizações e parceiros envolvidos no projeto com o objetivo de otimizar a construção das tecnologias sociais, no caso, a cisterna-calçadão.

Participaram do evento todas as organizações gestoras do Projeto Pernambuco Mais Produtivo que fazem parte da ASA-PE, sendo estas: Diocese de Pesqueira, Centro de Educação Comunitária Rural – CECOR, Diaconia e Diocese de Caruaru, bem como representantes da Secretaria de Agricultura Familiar – SEAF, fornecedores de materiais, pedreiros, agricultores, presidentes de associação rurais, presidentes do Sindicato de Trabalhadores Rurais, Secretaria de Agricultura, Diretoria de Recursos Hídricos e Conselho Municipal de Desenvolvimento Sustentável.

A cisterna-calçadão é uma das tecnologias sociais implementadas na região pelo Projeto Pernambuco Mais Produtivo em parceria com a Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA/PE) com o  objetivo de coletar água da chuva para produção de alimentos, garantindo assim a soberania alimentar e possível geração de renda através da comercialização dos produtos. “O Pernambuco Mais Produtivo é um projeto que foi planejado para trazer segurança hídrica ao semiárido. Nós temos implantado várias tecnologias, a principal delas é a cisterna-calçadão. O governo do estado está implantando junto com o Ministério de Desenvolvimento Social - MDS, em parceria com a ASA, o Pernambuco Mais Produtivo, que vai beneficiar cerca de 17.080 famílias com estrutura hídrica. Nesse caso, o nosso carro chefe são 15.500 cisternas calçadão”, informou Alexandre Santana, coordenador do Projeto Pernambuco Mais Produtivo pela Secretaria de Agricultura Familiar – SEAF.

Os fornecedores também estão animados com o processo de construção da cisterna-calçadão. “A família recebe o investimento que o governo dá, que é a cisterna que vai ganhar  o líquido precioso: a água do nosso sertão.  Automaticamente já está gerando emprego, que é o pedreiro, a entrega de material, que já é um grande trabalho, e depois vai ter o futuro que tem a parte de irrigação, é uma estrutura para família de água e alimentação”, disse o fornecedor Natanael Henrique,  da Natal, em Triunfo.  Já Marcos Patriota, da CPM Jupi, observa as vantagens do evento. “Esse dia de campo é muito importante porque vê a valorização do processo com mais rapidez e uma grande aprendizagem para que as pessoas vejam o lado produtivo”, relatou.

 A equipe do Dia de Campo também esteve reunida para discutir sobre os rumos das tecnologias sociais do Projeto Pernambuco Mais Produtivo, com o objetivo de otimizar o tempo de construção da cisterna-calçadão.  Na ocasião falou-se sobre o uso da máquina betoneira dentro das vantagens e desvantagens para o processo e a produção de vídeos contendo as etapas da construção das tecnologias sociais.  “Nós pretendemos mostrar como agilizar o processo de construção da cisterna calçadão, buscando as formas para diminuir o tempo da construção sem perder a qualidade. Nosso intuito hoje é discutir com todos os atores envolvidos na execução do Pernambuco Mais Produtivo e que os mesmos possam a partir da sua realidade aprimorar esses passos.”, disse Itamar Carvalho, Coordenador do Projeto Pernambuco Mais Produtivo pela Diocese de Pesqueira.

Como fruto da reunião, dia 25 de janeiro foi planejada uma reunião para elaboração de um Encontro de Pedreiros, sendo estes os profissionais que lideram à frente da construção da cisterna-calçadão.




Rumo à construção de uma política estadual de Convivência com Semiárido

Neilda Pereira, Coordenadora Geral da Cáritas Diocesana
de Pesqueira
e Coordenadora Executiva da ASA-PE

Já está exaustivamente fadado o discurso retrógado da indústria da seca, das ajudas paliativas e do sensacionalismo cenário de escassez. Na contramão de tudo isso, há um Pernambuco que pulsa esperanças e dá exemplo com as várias experiências de convivência com o Semiárido que há alternativas e tecnologias para o homem e a mulher do campo viver no meio rural com dignidade, organização e sustentabilidade. Toda essa nova dinâmica de repensar e olhar o Semiárido tem a contribuição do conjunto de organizações da sociedade civil que compõem a Articulação no Semiárido Brasileiro.  

Abaixo, a entrevista da coordenadora executiva da ASA pelo estado de Pernambuco, Neilda Pereira, ao comunicador popular da Articulação, Daniel Ferreira. Nas próximas linhas, Neilda Pereira apresenta um pouco deste momento que vive o Semiárido pernambucano.

Daniel Ferreira: Qual o olhar da ASA/PE diante dessa estiagem prolongada que tem desafiado não só as famílias agricultoras, mas também o Poder Público e os movimentos sociais?
Neilda Pereira: Primeiro dizer que a seca é um fenômeno previsível e natural, uma característica da nossa região. Estudos mostram que a cada 20 anos nós temos um ciclo de seca, por isso estamos passando por esse período de grande estiagem. Todo esse cenário desafia a gente a pensar numa política estruturante de convivência com o Semiárido. É nessa perspectiva que a as organizações que compõem a ASA no Semiárido brasileiro e em Pernambuco tem desenvolvido um conjunto de experiências de captação de água de chuva para consumo humano para produção de alimentos, estratégias de armazenamento de forragens para os animais. Enfim, são diversas ações que têm contribuído diretamente para a convivência com essa região. O debate que a ASA/PE vem fazendo, junto ao Governo do Estado e ao Comitê Integrado da Seca, é numa perspectiva de construir uma politica estadual de convivência com o Semiárido.  Temos relatos e exemplos de famílias agricultoras que a partir das cisternas de 16 mil litros ou 52 mil litros, do processo de organização comunitária e de um conjunto de iniciativas, têm passado por uma situação diferente de outras famílias, com menos dificuldade.

Daniel: A ASA/PE e a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, através do Setor Social, elaboraram um documento base para referenciar o Governo do Estado para a construção de uma política estadual de convivência com o Semiárido. Quais os eixos e as questões abordadas nesse documento?
Neilda: O documento é fruto do acumulo que as organizações que compõem a ASA e outros atores, a exemplo do movimento sindical têm construindo de debates, proposições nessa caminhada. O documento traz como primeiro eixo as ações emergenciais. São ações que cheguem num curto e espaço de tempo para as famílias agricultoras, como água, ração animal e sementes, para que elas passem por esse período com menos dificuldade. O outro eixo do documento são ações estruturantes em quatro linhas: 1ª) Água para consumo humano, 2ª) Água para produção, 3ª) Água para diversos usos e 4ª) Água para vilas, povoados e distritos. Pensar em conviver com o semiárido, é pensar na integração das ações. Esse documento reforça a importância dos processos organizativos, como estratégia fundamental, passando pelas tecnologias sociais até as experiências de gestão dos recursos hídricos. Traz um conjunto de ações que já vêm sendo desenvolvidas pelas organizações articuladas com a ASA/PE e aponta para o Governo do Estado a importância de garantir recursos para que essas ações de convivência sejam ampliadas e consolidadas. Para que assim nos próximos períodos de estiagem se tenha uma estrutura hídrica no Estado que dê acesso a agua para consumo humano, produção de alimentos, diversos usos e para os animais, bem como assistência técnica, apoio a comercialização e outros. Isso é papel e dever do Estado. Por isso temos colocado essas questões na pauta das discussões como prioridade, e temos dialogado para que de fato essa proposta seja efetivada. A politica estadual de convivência com o Semiárido é uma prioridade para 2013, por isso vamos dialogar com os movimentos sociais, com os conselhos estaduais - Conselho Estadual de Segurança Alimentar, Conselho Estadual de Desenvolvimento Rural Sustentável e outros espaços que são importantes na construção dessa proposta.

Daniel: O Governo do Estado tem entendido essa pauta e levado para o discurso essa política de convivência com o Semiárido?
Neilda: Temos avançado no debate da convivência com o Semiárido com o Governo do Estado. Isso tem se materializado na construção de cisternas de 16 mil litros, na ampliação de tecnologias para produção de alimentos, cisterna calçadão, tanques de pedra, barreiro trincheira e outros. Uma questão que merece destaque é a posição do Governo em investir apenas em tecnologias sociais, isso significa concretamente que não serão utilizados recursos públicos do estado de Pernambuco para a implantação de cisternas de polietileno. Discutir, construir e consolidar a política estadual de convivência com o Semiárido é algo inédito na história.

Daniel: O caminho para a efetivação de uma política estadual de convivência com o Semiárido é esse em formatação, numa parceria movimentos socais, Governo e Igreja?
Neilda: A ASA nasceu do sonho das organizações, movimentos sociais, igrejas de juntos construirmos uma ação articulada, concreta de convivência com o Semiárido, essa é a nossa origem, e temos conseguindo avançar porque as nossas ações são frutos de uma caminhada coletiva. É nessa perspectiva que propomos a discussão e construção da politica. A ASA/PE e o Setor Social da CNBB no Regional Nordeste 2 estão animando esse debate, mas temos a clareza que todos os atores que vêm discutindo essa temática precisa contribuir com essa construção. Essa caminhada vem sendo construída não de agora, mas de décadas atrás, com um olhar para o nosso Semiárido. É uma região que tem suas especificidades, que devem ser consideradas nas construções das politicas; e que tem homem e mulheres com capacidades de construir suas próprias histórias. Assim, essa política estadual possa estar acontecendo a partir da realidade e das necessidades das famílias. Para que elas vivam na região com dignidade, empoderamento e sustentabilidade.


Daniel: Pernambuco tem sido referência na execução e replicação de tecnologias sociais pelas organizações que compõem a ASA. Como as tecnologias sociais têm contribuído para as famílias agricultoras atravessarem a seca com menos dificuldade?
Neilda: É importante colocar que se considera tecnologia social todo o produto, método, processo ou técnica criado para solucionar algum tipo de problema social e que atenda aos quesitos de simplicidade, baixo custo, fácil aplicabilidade (e reaplicabilidade) e impacto social comprovado. Temos como exemplos de tecnologias as cisterna de placas, cisterna calçadão, barraginha, barragem de trincheira, barragem subterrânea e tantas outras tecnologias. Essas tecnologias têm contribuído diretamente na vida dessas famílias. Elas (as famílias) participam desde o processo de discussão dos critérios para serem contempladas até a execução, envolvendo toda a comunidade. Os pedreiros são da comunidade e os facilitadores dos cursos e oficinas são da própria região. Essas tecnologias têm contribuído não só na melhoria de vida das pessoas, com água para consumo e para produção de alimentos com qualidade, mas também para a auto-organização das comunidades e ainda movimenta economia local, pois a mão-de-obra é da comunidade e todo o material de construção é comprado no comércio local.

Daniel: Para encerrar a entrevista, qual a sua mensagem, pois saímos de 2012, um ano difícil para a agricultura familiar, e entramos 2013 com novas esperanças:
Neilda: Enquanto ASA/PE, a gente tem centrado todas as forças para que a política de convivência com o Semiárido seja uma realidade e que nas próximas secas possamos passar com menos dificuldade. Estamos, juntos, construindo um outro Semiárido.
Em 1999 na criação da Articulação do Semiárido Brasileiro sonhamos com a construção de cisternas de 16 mil litros, surgiu o Programa Um Milhão de Cisternas (P1MC), depois sonhamos que com a construção de tecnologias para produção de alimentos, nasceu o Programa Uma Terra e Duas Águas (P1+2).  Os resultados dessas ações são claros e evidentes, o que reforça que precisamos investir no diálogo com os municípios, estado e governo federal para que as ações como essas sejam ampliadas e consolidadas, uma vez que é um direito da população.
Queremos um Semiárido de pessoas que vivam com dignidade. Nesse sentido a ASA/PE, renova em 2013 nosso compromisso na construção e fortalecimento dessa articulação. Esperamos que neste ano possamos dar continuidade a nossa caminhada, avançando a cada dia na luta pela efetivação dos direitos de cada homem e cada mulher deste Semiárido.