segunda-feira, 25 de março de 2013

Audiência Publica marca o encerramento da Semana da Água em Pesqueira.




Dia 22 de março, centenas de moradores de Pesqueira e região participaram de ato público e audiência pública em prol da Semana da Água.  Representantes de movimentos sociais e poder público estiveram à frente do movimento, que teve como objetivo requerer políticas públicas mais adequadas de distribuição de água para zona urbana e rural, especialmente devido ao crítico momento vivido na atualidade, cenário da maior estiagem dos últimos 50 anos.

Neilda Pereira
Estiveram presentes no evento diversas escolas públicas e privadas, Compesa, Cáritas Diocesana de Pesqueira, Centro de Apoio ao Pequeno Produtor - CEDAPP, Sindicato de Trabalhadores Rurais de Pesqueira, Movimento dos Trabalhadores Sem Terra – MST, Pastorais Sociais, Pastoral da Criança, dentre outros.

O evento teve início na Praça Jurandir de Brito com uma caminhada até a Praça da Rosa reunindo centenas de cidadãos/ãs, onde houve várias apresentações culturais. Já a culminância do evento ocorreu no auditório do Centro Comercial Rosa, que esteve lotado para uma audiência pública em prol de uma melhoria qualitativa e quantitativa da água no município e onde também foi proposto a arrecadação municipal de 2% para convivência com a seca.

Dentre os representantes da mesa solene na audiência pública estiveram: Neilda Pereira, coordenadora geral da Cáritas Diocesana de Pesqueira; Irageu Tabosa, secretário de agricultura; Jonas Brito, secretário de meio ambiente; João Durval, representante do Centro de Apoio ao Pequeno Produtor - CEDAPP; Nado, representante das Pastorais Sociais; Agnaldo Xukuru, da Secretaria de Educação; Wilson Damásio, secretário de Governo; João Rafael, responsável pela Compesa em Pesqueira, bem como diversos vereadores.
Dentre os assuntos mais polêmicos tratados durante a audiência pública, um desses foi a má distribuição de água na zona rural e urbana. “Hoje a única forma de abastecer Pesqueira é a Barragem de Pão-de-Açúcar. O grande problema é que a gente está tirando água da área indígena e essa água percorre 23 km até chegar ao seu destino”, informou João Rafael, da Compesa, sobre as dificuldades do manejo da água, dentre também a falta de redes de encanação em muitos bairros da cidade e o uso ilegal da água para fins comerciais. Porém João Rafael reconheceu que é preciso avançar na distribuição e qualidade da água no município. “A gente precisa melhorar hoje para atender a população”, disse.
Uma das preocupações mais gritantes do momento em relação à água é a praticamente ausência de políticas públicas destinadas à zona rural. “Nossa preocupação também é com a zona rural”, disse Jonas Brito, secretário de Meio Ambiente, que lembrou a viabilidade das cisternas de placa como tecnologia social para armazenamento de água na zona rural. Neilda Pereira, da Cáritas Diocesana de Pesqueira também mostrou preocupação com a situação crítica vivida no semiárido, porém levantou avanços como a instituição da Política de Convivência com o Semiárido. “Pernambuco é o primeiro estado a elaborar uma lei de convivência com o semiárido. Enquanto sociedade civil a gente precisa fazer parte desses momentos, mas precisamos também exercer a nossa cidadania exercendo controle social”, lembrou Neilda Pereira.
O vereador Wagner Cordeiro, o autor da proposição da audiência pública, ainda lembrou que os momentos difíceis estão sendo vivenciados também devido ao descaso do governo. “Todos nós do poder público somos culpados por essa situação que assola o nosso município. O povo clama por soluções. Nós temos que assumir a responsabilidade”, disse Wagner Cordeiro.

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