terça-feira, 31 de maio de 2011

Semiárido de Pernambuco comemora Semana do Meio Ambiente

O Dia Mundial do Meio Ambiente será comemorado no domingo, dia 05 de junho. As organizações que compõem a Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA-PE) realizam, a partir do dia 31, diversas atividades em comemoração a data. A programação segue até o dia 11 de junho, com atos públicos, seminários, encontros em escolas, intercâmbios, cursos, feiras agroecológicas e exibição de vídeos.
No Sertão do Pajeú, acontece a 9ª SEMEIA, com o objetivo de levantar o debate sobre as questões ambientais na região. Faz parte desse acontecimento a campanha O que você consome é essencial para sua vida? Mulheres organizadas por uma nova forma de consumo, que acontecerá nesta quarta-feira, dia 01. A campanha é da Casa da Mulher do Nordeste e será trabalhada em escolas da região. Também nesse território, serão realizados os seminários Desertificação no Semiárido e Alternativas Tecnológicas para o Aquecimento Global e Seminário sobre o Programa Nacional de Alimentação Escolar (PNAE).
Outra atividade que integra a 9ª SEMEIA é a comemoração do aniversário da Feira Agroecológica de Serra Talhada. A festividade reunirá agricultores/as familiares, consumidores, representantes de organizações de assessoria e parceiros da feira. A SEMEIA é uma realização da Diaconia, Casa da Mulher do Nordeste, Cecor, Projeto Dom Helder Câmara (PDHC), Sindicatos Rurais e Escolas.
Ainda na região, a organização Centro Sabiá irá realizar atividades de educação ambiental nas escolas do município de Triunfo. A população local também participará de uma mostra de vídeos ambientais e de um ato público, que será realizado nesta sexta, dia 03 de junho. As atividades também reforçarão a campanha Junte-se a Nós, Plante Mais Uma Árvore Para Um Mundo Melhor, que objetiva plantar 1 milhão de árvores em Pernambuco.
No Sertão do Araripe, a organização Caatinga realizará o seminário “A Caatinga, você cuida ou destrói”, que tem o objetivo de alertar a sociedade local para a questão do desmatamento do bioma. No Araripe, também será discutido as mudanças climáticas. No dia 09 de junho, a organização Chapada realizará o seminário Mudanças Climáticas: Desafios para Agricultura Familiar.
Já na região do Agreste Central do estado, acontecerá a 16ª Caminhada Ecológica, com o tema “Planeta Terra, Nossa Casa, Nossa Vida!” O evento é uma realização da Associação Comitê de Ecologia e Meio Ambiente de Bezerros e conta com a parceria do Centro Sabiá. O evento também faz parte do calendário de atividades da campanha Junte-se a Nós, Plante Mais Uma Árvore Para Um Mundo Melhor.
No Agreste Meridional, as paróquias locais de Pesqueira e a Cáritas Diocesana, em conjunto às demais entidades, realizarão um ato Público na cidade. A coleta seletiva do lixo, a não poluição do ar, a limpeza da cidade, a questão do saneamento básico e a preservação do verde serão alguns dos pontos abordados. Uma caminhada será feita tendo como origem as diversas paróquias de Pesqueira e terão como ponto final a Praça da Rosa. Consolidar e fortalecer o sentimento responsável do cidadão com o meio ambiente e cobrar atitudes para essas melhorias prometem fechar bem o dia 5 de junho.

Confira a programação completa da ASA Pernambuco para as comemorações da Semana do Meio Ambiente 2011 no blog da ASA PE clicando aqui.


Texto de Catarina de Angola, Arméle Dornelas e Mariana Landim - Comunicadoras Populares - ASA Pernambuco.

5 de junho: Dia do Meio Ambiente e de Ato Público em Pesqueira

No próximo domingo, 5 de junho e dia do meio ambiente, nas ruas de Pesqueira, uma grande caminhada dará inicio ao Ato Público da Campanha da Fraternidade de 2011 – Fraternidade e a Vida no Planeta. A concentração para esse acontecimento se dará nas Paróquias da cidade, cada uma responsável pela animação de sua marcha. O encontro de todos será na Praça da Rosa, às 16h, onde haverá a abertura do evento.
Representantes do governo, a prefeita, Cleide Oliveira, e religiosos farão parte dos discursos atribuídos ao importante momento em Pesqueira. A população também terá papel importante, fazendo-se presente e demonstrando seus anseios e proposições para a melhoria da qualidade de vida do cidadão e do meio ambiente.   
Pontos cruciais para a cidade serão colocados em pauta, a coleta seletiva do lixo, a questão do saneamento básico, a arborização das ruas, a limpeza da cidade e a preservação do meio ambiente são algumas das exigências que compõem o clamo dos participantes. Essas ações, claro, serão feitas na parceria entre a prefeitura e a população.
Apresentações e músicas acompanharão todo o momento. Espera-se a interatividade e, principalmente, a conscientização de todos para a causa do meio ambiente. De maneira descontraída e ao mesmo tempo de demonstração de luta, Pesqueira caminha rumo a um avanço no que diz respeito a solidificação de uma estrutura para os avanços das causas ambientais, essenciais para a vida no planeta.  


Arméle Dornelas
Comunicadora Popular
Cáritas Diocesana e ASA Pernambuco

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ASA debate propostas para as mudanças climáticas na Caatinga

Começa nesta quarta (25) e segue até sexta-feira (27), em Petrolina (PE), o Seminário de Mudanças Climáticas no Bioma Caatinga, idealizado pelo Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Social (FMCJS) em parceria com a Articulação no Semi-Árido Brasileiro (ASA). O evento reúne 50 participantes, entre representantes do governo, organizações sociais e da igreja, indígenas e agricultores/as.
Esse público irá debater os riscos das variáveis climáticas e como os sinais dessas mudanças interferem na vida da população, assim como quais as diretrizes para uma melhor adaptação e convivência com essa realidade, através de soluções sustentáveis e da conscientização para uma mudança de atitude ambiental. 
A ASA está sendo representada no evento por agricultores, coordenadores e também pelo Grupo de Trabalho de Combate à Desertificação (GTCD), na pessoa de Paulo Pedro. Também marcam presença integrantes da Comissão Indigenista Missionária (CIMI), da Comissão Pastoral da Terra (CPT) e do Ministério do Meio Ambiente (MMA).
Além de debates e depoimentos, a proposta é criar um planejamento com ações concretas para a convivência na Caatinga em meios às mudanças climáticas, com a participação das populações que vivem e convivem diretamente com essa realidade, principalmente as agricultoras e os agricultores.
A inovação deve ser um dos pontos forte do evento. Conciliar ações já praticadas em diversas regiões brasileiras e em outros países do mundo a novas alternativas, apoiando-se ainda no campo da agroecologia, da energia, do transporte e da água, é um dos desafios norteador fundamental. A proposta é que surjam novas correntes de reflexões, priorizando o exercício do pensar e construir dos participantes em prol da solução de um mesmo problema relacionado às mudanças climáticas na Caatinga.
Nesse contexto, o coordenador executivo da ASA pelo estado da Paraíba e um dos membros da organização do seminário, Arivaldo José Sezyshta, avalia que a rede tem uma importante contribuição a dar. “O evento é de grande importância, pois reafirma as ações já desenvolvidas pelo conjunto da ASA, que tem contribuído na mitigação desses efeitos climáticos e atua fortemente no combate a desertificação”, afirma o coordenador.
Unificar o FMCJS, a ASA, todos os outros órgãos sociais e o público presente no evento, aperfeiçoará o caminho rumo a uma conscientização para a mobilização ambiental visando políticas públicas concretas. Através da integração de todos esses atores sociais, um diálogo saudável com a Caatinga em meio às mudanças climáticas poderá ser desenhado e amplamente aplicado, facilitando e melhorando a qualidade de vida nessas regiões e em todo o Brasil. 

FMCJS – O Fórum de Mudanças Climáticas e Justiça Social é uma organização que tem o papel de articular as pastorais sociais da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), os movimentos sociais e as entidades da sociedade civil  com o objetivo de disseminar informações e gerar uma consciência crítica dos cidadãos visando contribuir no enfrentamento das causas estruturais do aquecimento global que provoca mudanças climáticas em todo o planeta.

De acordo com o 4º Relatório do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC), de 2007, os dez anos mais quentes da história estão no período de 1995 a 2006, considerando a temperatura média global da superfície da Terra e dos oceanos no período desde 1850 .A taxa de aumento entre 1850 e 1899 foi 0,57ºC, enquanto que entre 2001 e 2005 essa taxa passou para 0,95ºC, correspondendo a um aumento médio no período de 0,76ºC. Nessa direção, o relatório prevê um aumento médio global das temperaturas entre 1,8ºC e 4,0ºC até 2100.

O FMCJS, já atento para esse fato, vem debatendo a importância de um consciente coletivo para a construção de um modelo de desenvolvimento atrelado a sustentabilidade do meio ambiente.  A busca pela compreensão do que se passa com o planeta e a preocupação com os desastres socioambientais que afetam cada vez mais a vida de milhares de pessoas levou o fórum a planejar diversos seminários e encontros em diferentes regiões do País. O intuito é incentivar a realização de debates e o amadurecimento do pensamento coletivo a respeito do que vem acometendo o mundo de maneira gradual: o aquecimento global e suas danosas consequências.


Arméle Dornelas
Comunicadora Popular
Cáritas Diocesana de Pesqueira

Essa matéria também saiu no "Compartilhando Ideias" boletim semanal e nacional da ASA Brasil e pode ser conferida no site do Fórum através desse link.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

Cultura no Solidariedade pela Vida

O Solidariedade pela Vida acredita que a cultura também é um importante elo entre a solidariedade e as pessoas. Através do compartilhamento de músicas, danças, poesias e todo tipo de arte, o cidadão pode sensibilizar-se diante o próximo, procurando não só o seu bem estar, mas de todos ao seu redor. 

Como primeira participação cultural no blog, trouxemos um video do Grupo Coco Raízes de Arcoverde. A gravação é curta, mas nos proporciona um poquinho da riqueza cultural pernambucana.

terça-feira, 17 de maio de 2011

Ato Público retratará a questão ambiental em Pesqueira


A Campanha da Fraternidade de 2011 aborda a temática do meio ambiente e os cuidados e necessidades que o ser humanos precisa atentar para o desenvolvimento saudável e sustentável do planeta. Diversos movimentos em prol dessa campanha já foram articulados pela Diocese de Pesqueira em união às entidades da igreja local, paróquias e conventos. Caminhadas ecológicas, palestras em escolas, oficinas e outras atividades ocorrem desde o mês de março e fortalecem o mote da Campanha que continua em andamento.  

Com a proximidade do dia do Meio Ambiente, 5 de junho, as paróquias locais de Pesqueira e  a Cáritas Diocesana, em conjunto às demais entidades, já se organizam para protagonizar um Ato Público na cidade. Em comemoração a data, o ato trará anseios e desejos da população pesqueirense. A limpeza da cidade, a coleta seletiva do lixo, a não poluição do ar e a preservação do verde são alguns dos pontos abordados. Uma caminhada será feita tendo como origem as diversas paróquias da cidade e terão como ponto final a Praça da Rosa. No momento de chegada, haverá apresentações musicais, discursos e o ato simbólico de entrega das necessidades do povo em forma de um documento para a prefeitura da cidade.

O acontecimento busca trazer ações concretas para a produtividade da Campanha da Fraternidade e espera figuras importantes para a cidade, como a prefeita Cleide Oliveira, os Bispos, padres e, principalmente, a população. O inicio do ato na Praça da Rosa está previsto par às 16h da tarde do domingo dia 5 de junho. Consolidar e fortalecer o sentimento responsável do cidadão com o meio ambiente e cobrar atitudes para essas melhorias prometem fechar bem o dia 5 de junho. 


Entidades Envolvidas:
Cáritas Diocesana de Pesqueira, Associação PODE, Catedral de Santa Águeda (Lux et vita), Convento dos Franciscanos, Paróquia de Cristo Rei, Comunidade Nossa Senhora do Carmo e Área Pastoral da Vila Anápolis.   


Arméle Dornelas
Comunicadora Popular
Cáritas Diocesana de Pesqueira

Cáritas de Tupanatinga promove Dia das Mães

No último dia 12 de maio, em Tupanatinga, várias mães puderam presenciar um animado e solidário evento realizado pela Cáritas Paroquial Santa Clara de Assis, através do Projeto Crescendo com Cidadania. 
Crianças assistidas pelo projeto puderam proporcionar às suas mães momentos prazerosos, como relaxamentos, brincadeiras e homenagens. Os garotos e garotas também puderam entregar às suas progenitoras pequenas lembranças confeccionadas por eles próprios o que fortaleceu o sentimento de carinho e amor proposto para o dia. 
A emoção tomou conta e tanto as mães como as crianças presentes terminaram a data com o sentimento e a ligação maternal reforçados, a auto-estima valorizada e a consolidação dos objetivos solidários do Projeto. 

Sobre o Projeto Crescendo com Cidadania: O Projeto da Cáritas Santa Clara de Assis busca o desenvolvimento da cidadania e a promoção humana de crianças e jovens, através do reforço escolar, da conscientização da importância da cidadania, de atividades culturais e da prática de esportes. Hoje, o Projeto já atinge e beneficia 30 crianças da cidade de Tupanatinga.
   






Arméle Dornelas
Comunicadora Popular
Cáritas Diocesana de Pesqueira

segunda-feira, 9 de maio de 2011

SOS Palmares


As fortes chuvas estão castigando mais uma vez o interior de Pernambuco. Várias cidades estão revivendo o drama de 2010 e sofrendo com os desastres causados pelos exageros climáticos. Já são 18 municípios que declararam situação de emergência. Em Palmares, uma das cidades mais atingidas, já são mais de 6 mil pessoas desalojadas e outras 274 desabrigadas. A solidariedade entra como importante fator para a minimização das dores causadas por essa situação.      
A Cáritas Diocesana de Pesqueira engatou uma campanha para ajudar a cidade de Palmares. A entidade está recolhendo água potável e alimentos não perecíveis que o cidadão pode deixar em pontos chaves.
Pontos de Arrecadação: Paróquia Santa Águida, Paróquia Cristo Rei, Área Pastoral Nossa Senhora do Carmo e na Cáritas Diocesana, todas localizadas na cidade de Pesqueira.
No entanto, mais que doações, precisamos de mobilização e a propagação dessa rede solidária. Outras cidades pernambucanas precisam de apoio. Barreiros, Bom Jardim , Água Preta, Catende, Cortês, Jaqueira, Maraial, Primavera e Xexéu, já estão em estado de calamidade. Em qualquer lugar do estado e até mesmo do país, você pode fazer sua parte. Mobilize sua comunidade e vamos em frente com a solidificação de uma ajuda eficaz e humana. A conscientização para esse trabalho merece ser passada adiante.
A Cáritas Diocesana de Pesqueira espera o desdobramento de suas ações e se posiciona como apoiadora de todas as atividades que sejam desenvolvidas. Entre em contato e nos passe suas ações, fortalecendo assim essa corrente. O que você já fez e está fazendo para ajudar os prejudicados pelas chuvas?
O sentimento solidário precisa continuar!


Arméle Dornelas
Comunicadora Popular
Cáritas Diocesana de Pesqueira

quinta-feira, 5 de maio de 2011

Conheça tudo o que aconteceu no II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores

Em Pesqueira, interior de PE, os dias 27, 28 e 29 de abril foram marcados por místicas, debates, músicas regionais e intercâmbios de conhecimentos entre agricultores e agricultoras de todo o país. Sem dúvida, três dias que solidificaram as ações da ASA Brasil no semiárido nacional.

Para deixar você pode dentro do que aconteceu no encontro, o Blog da Cáritas Diocesana, como uma das organizadoras do evento, reuniu todas as notícias relacionadas aqui nesse espaço!

São materias, entrevistas, videos, fotos e, principalmente, a certeza de que esse foi um importante momento para a agricultura sustentável e a convivência com o semiárido.  

Clique nos titulos para acessar a página da reportagem.

II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores do Semiárido - Retrospectiva

Dia 27 de abril de 2011





Dia 28 de abril de 2011



Matérias Especiais

Entrevistas e Depoimentos
Intercâmbio de experiências é ponto alto do Encontro        


Confira mais fotos no flickr da ASA Brasil.


Arméle Dornelas
Comunicadora Popular
Cáritas Diocesana de Pesqueira

terça-feira, 3 de maio de 2011

Intercâmbio de Conhecimentos: A formação de uma só corrente

“Ver para crer. Crer pra transformar-se. Transformar-se para conquistar dignidade vivendo no Semiárido.”
No segundo dia do II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores, mais de 300 pessoas - entre agricultores, técnicos das organizações sociais da ASA, representantes do governo federal e da imprensa – visitaram 12 experiências de convivência com o Semiárido nas regiões do Agreste e Sertão de PE. As experiências eram bastante diversas e abordaram desde a prática da agroecologia até a forma de organização do povo indígena Xukuru, natural de Pesqueira. Mais que a construção de um sólido semblante de conhecimentos, existiu a fortificação das motivações dos agricultores. Para o blog, trouxemos a visita ao sítio de Zé de Quitério, em Jataúba – PE.  

Alcides Lima e e Geraílton Martins, agricultores da Paraíba

Antes de chegar a Jataúba, Alcides Lima, agricultor de Fagundes na Paraíba, já sabia: “Vou conhecer uma nova experiência, aprender coisas novas e passar para frente meus conhecimentos”. O paraibano e mais 15 agricultores e agricultoras do NE brasileiro partiram do II Encontro Nacional de Agricultoras e Agricultores Experimentadores, na cidade de Pesqueira, em direção ao município de Jataúba. A troca de conhecimentos envolvia as atividades agrícolas desenvolvidas no sítio de José de Quitério, personagem importante da agroecologia de Pernambuco. 


Depois de três horas de viagem e expectativas em torno da experiência, o grupo chegou ao terreno, iniciando a troca de conhecimentos. Os participantes conheceram o canteiro econômico de Zé, que explicou como é seu trabalho em cima da horta, focando nas atitudes não prejudiciais ao meio ambiente e no aproveitamento da água, vinda da Cisterna calçadão, para a irrigação. Gerailton Martins, jovem agricultor, exaltou sua satisfação em conhecer um canteiro nos mesmos moldes que o seu. “A plantação de hortaliça é parecida com a minha, mas ele faz de uma forma mais prática. Aprendi muitos truques que eu não sabia.  Ainda me surpreendi, pois também pude lhe dar algumas dicas”.


O grupo caracterizou-se pelos olhares atentos e perguntas contínuas. A curiosidade em cima de um trabalho tão parecido com o de todos estreitava os laços entre os agricultores, as agricultoras e Zé de Quitério, criando um clima de familiaridade e companheirismo. Cada um explanava como agia em cima dos mesmos procedimentos e a construção de um conhecimento coletivo era formado. Nesse mesmo ritmo, foi apresentada a tecnologia mais aguardada por muitos dos visitantes: o biodigestor. O processo de geração de biogás através do aproveitamento de estrume de vaca encantou a todos e gerou mais discussões e esclarecimento das dúvidas.
Zé de Quitério entrou no clima que envolvia todos ali presentes e mostrou bastante entusiasmo ao passar para todos os seus conhecimentos. Sua hospitalidade, sua visão sustentável e sua sensibilidade diante o intercâmbio iniciavam o processo de despedida aos visitantes. Mais do que a troca de informações técnicas, houve a percepção das dificuldades que cada um passou e de como conseguiram superá-las, tendo a certeza de que força de vontade não lhes faltava.  


A volta foi marcada pela satisfação e a vontade de crescer. Alcides relata sua surpresa com o trabalho de Zé: “Eu nunca tinha visto uma plantação econômica como aquela, mas já esta tudo na minha cabeça e quando eu voltar para casa vou aplicar e passar para os outros companheiros da comunidade”. O experiente agricultor ainda reforçou a necessidade de se fortalecer essa corrente de conhecimentos, sua motivação se redobrou com o intercambio, assim como a de Gerailton, a de Zé de Quitério e a de todos os outros agricultores experimentadores presentes. “É preciso formar uma só corrente’, afirma Alcides.


Como agricultoras e agricultores experimentadores, os participantes não trocaram apenas informações de trabalhos, mas também formaram uma visão construtiva diante sua importância e suas potencialidades para o trabalho rural e a convivência com o Semiárido. Jataúba se despede de um grupo que tem nas mãos e nas mentes toda concepção de desenvolvimento de uma agroecologia e a importância dela ser passada adiante. 



Arméle Dornelas
Comunicadora Popular
Cáritas Diocesana de Pesqueira