A Cáritas Brasileira Regional NE2 e
a Diocese de Pesqueira nos dias 28 e 29 de setembro promoveram o Encontro
Territorial do Agreste Meridional I e II, no município de Garanhuns-PE o qual
terá como tema: Trajetórias de luta e resistência para efetivação da cidadania
no Agreste Pernambucano. Buscando avaliar e fortalecer as ações de convivência
com o semiárido no território a luz das experiências das famílias agricultoras
na perspectiva da ampliação e consolidação do projeto de desenvolvimento rural
sustentável.
Busca-se com a realização desse
encontro o fortalecimento da ASA no território a partir de proposições e
iniciativas de inovações no campo da construção coletiva de conhecimentos. Bem
como, da troca de conhecimentos e praticas saberes e fazeres, contribuindo para
a consolidação das politicas de convivência com o semiárido.
O evento terá como publico prioritário
os agricultores(as) da região os quais trarão suas experiências .
A asa tem como característica
articular, promover espaço de discursões e ações, logo, tem-se por intuito
formar propostas, baseada em formulações coletivas e consenso, para poder
apresentar mais embasamento dos mecanismos e ferramentas de trabalho da ASA.
Assim, aumentando a permuta de conhecimento e experiências, espera-se que os
métodos de convivência com o semiárido sejam atualizados e mais sólidos.
Muitos são os assuntos que envolvem
a questão do bem estar do homem do campo pernambucano, pois, por ter uma das menores
disponibilizações de recursos hídricos, necessita de politicas de otimização
dos recursos.
Nesse sentido, a educação deve ser
contextuada, em varias abordagens, que venham a emoldurar e também deixá-la
mais relevante, para a realidade do semiárido, pois a construção do
conhecimento deve se dar de maneira à abrir os olhos, por cima das barreiras
dos problemas.
Num mundo onde as pessoas estão
acostumando a comer de maneira quantitativa e menos qualitativa, fica necessário
que seja abordado a questão da soberania e segurança alimentar, pois, muitos, trabalhadores
rurais deixam de produzir seus alimentos para adquiri-los em mercado, que
muitas vezes consomem conservantes, corantes, agrotóxicos e, sem necessidade
disso, já que a alimentação se complementa sem ser necessário comprar aquilo
que já existe em sua propriedade.
As praticas sustentáveis terão muita
relevância nesse encontro, pois a ideia de que produzir de maneira sustentável,
é intrínseca da segurança alimentar, devido à agricultura familiar respeitar a
não utilização de agrotóxicos como também, procura descartar o uso de sementes
transgênicas, dando espaço às sementes crioulas na agricultura familiar.
Apesar de a ASA ter uma vocação
voltada para o bem estar humano e ambiental, no sentido de ajudar com praticas
de convivência com o semiárido, não deve esquecer que somos seres capitalistas
e o homem do campo precisa de subsídios financeiros para poder complementar
suas necessidades. Com isso, será pautada também a questão da comercialização
agroecológica, também, com o intuito de fortalecer a economia solidária pelo
processo de “troca” de mercadorias entre produtores, evitando assim gastos
extras e desnecessários, propiciando o desenvolvimento das relações entres
membros da comunidade e saúde fisiológica e financeira.
A ASA tem consciência que a seca é
um fator climático natural e que a interferência humana altera esse fator, mas
as consequências das estiagens podem ser amenizadas com intervenção humana
também. Por esse motivo, serão colocadas em debate as grandes secas, juntamente
com as concepções e experiências de estruturas para combate as estiagens como
também as que de maneiras paliativas e emergenciais ajudam o homem do campo a
vencer a seca.
A agroecologia é uma temática muito
atuante dentro desse contexto, por ressalvar a necessidade de produzir de
maneira sustentável, limpa, respeitando as vocações regionais e ambientais.
Onde se sabe que o excedente geralmente é comercializado nas cidades, trazendo
logo à tona a temática de saúde publica, usando um artifício importantíssimo
nas ações da ASA: A comunicação. Pois as articulações entre instituições
pertinentes a ela se uniram por meio d intercâmbio de informações, o senso
comum e principalmente a sabedoria do povo do semiárido.
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