Participantes do Seminário sobre a Seca |
Dia 14 de Setembro foi realizado o
Seminário Diálogos sobre a Seca/Estiagem, no Buffet de Aparecida, em Arcoverde-PE.
Participaram do evento integrantes de diversas entidades: Associação Veneza
Região – Pedra, CBRENII – Recife, Sindicato dos Trabalhadores Rurais,
Associação Malhada Branca, CPT – Afogados da Ingazeira, Comunidade Varzinha dos
Quilombolas, Assentamento Caldeirão, Cachoeira – Sertânia, CPT – Pajeú, Cáritas
Regional NE 2, Associação do Sobrado, IPA – Caruaru, Diocese de Pesqueira e
Associação de Moradores de Arcoverde.
Dentre
os objetivos do Seminário Diálogos sobre a Seca, estavam: refletir
coletivamente sobre a seca como componente climático e a sua construção
político-social; dialogar sobre as ações e políticas públicas: de combate x convivência,
destacando os seus avanços e desafios e pensar estratégias de fortalecimento
das ações e políticas para a convivência com a realidade semiárida, que
promovam o bem viver.
O evento teve início com o
acolhimento dos participantes, com a mística. Os participantes do seminário
colocaram neste momento questões como a falta de sustentabilidade, falta de
água, descaso com o uso da política pública, abandono do campo, carência e
desigualdade, dificuldades com os animais e prejuízo nas comunidades rurais.
“Existe política pública, mas para o social, ela não está existindo”, disse
Valuzia Arcoverde, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
Outros pontos tratados pelos
participantes do evento foram: as políticas públicas emergenciais, modelos
prontos de políticas públicas, falha nas políticas participativas,
enfraquecimento das mobilizações nos movimentos sociais, descaso com a natureza
e falta de solidariedade. “A máquina do estado está pronta para atender as
demandas, mas não as demandas desse público do homem do campo”, reforçou
Sandreildo José, do CPT Pajeú.
O representante do SEAF/ Comitê da
Estiagem, Reginaldo Alves, contextualizou a seca no país. “A água está mais
distante das pessoas. Essa é uma realidade. O Estado precisa admitir que a
máquina estatal não está preparada para enfrentar emergências”, disse Reginaldo
Alves, ressaltando ainda o fortalecimento dos movimentos sociais nos últimos
anos. “Temos várias famílias diferenciadas no contexto da estiagem, e são
famílias monitoradas por movimentos sociais”, lembrou Reginaldo Alves.
Houve também um debate com o tema Um
Novo olhar sobre a realidade semiárida, onde dialogaram representantes do
Governo, representantes da ASA e representantes dos agricultores.
Um trabalho em grupo foi realizado
entre os participantes, e logo após houve uma socialização dos pontos
discutidos e avaliação do seminário.
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