segunda-feira, 17 de setembro de 2012

As Dioceses do Semiárido promovem o Seminário Diálogos sobre a Seca/Estiagem – Um Novo Olhar sobre o Semiárido

Participantes do Seminário sobre a  Seca

Dia 14 de Setembro foi realizado o Seminário Diálogos sobre a Seca/Estiagem, no Buffet de Aparecida, em Arcoverde-PE. Participaram do evento integrantes de diversas entidades: Associação Veneza Região – Pedra, CBRENII – Recife, Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Associação Malhada Branca, CPT – Afogados da Ingazeira, Comunidade Varzinha dos Quilombolas, Assentamento Caldeirão, Cachoeira – Sertânia, CPT – Pajeú, Cáritas Regional NE 2, Associação do Sobrado, IPA – Caruaru, Diocese de Pesqueira e Associação de Moradores de Arcoverde.
            Dentre os objetivos do Seminário Diálogos sobre a Seca, estavam: refletir coletivamente sobre a seca como componente climático e a sua construção político-social; dialogar sobre as ações e políticas públicas: de combate x convivência, destacando os seus avanços e desafios e pensar estratégias de fortalecimento das ações e políticas para a convivência com a realidade semiárida, que promovam o bem viver.
            O evento teve início com o acolhimento dos participantes, com a mística. Os participantes do seminário colocaram neste momento questões como a falta de sustentabilidade, falta de água, descaso com o uso da política pública, abandono do campo, carência e desigualdade, dificuldades com os animais e prejuízo nas comunidades rurais. “Existe política pública, mas para o social, ela não está existindo”, disse Valuzia Arcoverde, do Sindicato dos Trabalhadores Rurais.
            Outros pontos tratados pelos participantes do evento foram: as políticas públicas emergenciais, modelos prontos de políticas públicas, falha nas políticas participativas, enfraquecimento das mobilizações nos movimentos sociais, descaso com a natureza e falta de solidariedade. “A máquina do estado está pronta para atender as demandas, mas não as demandas desse público do homem do campo”, reforçou Sandreildo José, do CPT Pajeú.
            O representante do SEAF/ Comitê da Estiagem, Reginaldo Alves, contextualizou a seca no país. “A água está mais distante das pessoas. Essa é uma realidade. O Estado precisa admitir que a máquina estatal não está preparada para enfrentar emergências”, disse Reginaldo Alves, ressaltando ainda o fortalecimento dos movimentos sociais nos últimos anos. “Temos várias famílias diferenciadas no contexto da estiagem, e são famílias monitoradas por movimentos sociais”, lembrou Reginaldo Alves.
Houve também um debate com o tema Um Novo olhar sobre a realidade semiárida, onde dialogaram representantes do Governo, representantes da ASA e representantes dos agricultores.
            Um trabalho em grupo foi realizado entre os participantes, e logo após houve uma socialização dos pontos discutidos e avaliação do seminário.

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