Por Núcleo de Comunicação Cáritas
Diocesana de Pesqueira
O Grito dos Excluídos tem sido uma manifestação
popular e espaço de animação e profecia. Sempre aberto e plural a pessoas,
grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as causas dos
excluídos e excluídas. No município de Pesqueira a caminhada é realizada pelo
segundo ano na quinta-feira que antecede o dia 7 de setembro.
O 20º Grito dos Excluídos e Excluídas este ano
trouxe como tema: “Ocupar ruas e praças por liberdade de direitos”, temática
que está ligada à Campanha da Fraternidade de 2014,“Fraternidade e Tráfico
Humano”.
A concentração aconteceu na Praça em frente a
Cáritas Diocesana de Pesqueira, por volta das 19h.Com bandeiras e cartazes
lembrando diversas causas. Um momento de oração, benção com Frei Assis guardião
do Convento do Franciscanos e cânticos marcou a saída do cortejo pelas ruas da
cidade. Acompanhado por carro de som, apitos e instrumentos musicais os manifestantes
elevaram suas bandeiras, cartazes, e seguiram em caminhada até a Catedral de
Santa Águeda, contornando pela Rua Cardeal Arcoverde, culminando na Câmara de
Vereadores, onde os participantes expuseram à sociedade as mazelas da
desigualdade social, da concentração de renda, das violações dos direitos
humanos, descasos do poder público e injustiças sociais.
O presidente da Cáritas Diocesana de Pesqueira
,e agricultor do município de Venturosa ,Aparecido Libório iniciou as falas
citando a falta de oportunidade dos agricultores, da luta pelo reconhecimento
da categoria que é responsável por 70% da alimentação do povo brasileiro e
continua tão excluída.Em seguida a representante dos catadores de reciclagem do
município, Dona Carmem Dolores, falou das privações, das muitas promessas e que
nada de realmente concreto até o momento foi feito para o grupo. Participaram
representante do Movimento Sem Terra(MST),Pastoral da Sobriedade e agentes
Cáritas.
Ao final o Bispo Dom José Luiz explanou a
importância do Grito e da necessidade de conscientização e participação da
população no processo construtivo.
Participaram do 20 º Grito dos Excluídos o Grupo
de Xaxado da Associação de Pedra Redonda, Maracatu que compõe o projeto
Correnteza da Cruzada Feminina e o grupo de Dança Afro da Escola Estadual
Arruda Marinho, ambas de Pesqueira. Representantes de movimentos religiosos,
Movimento Sem Terra, Pastoral Social, agricultores e agricultoras, associações
, sindicatos e escolas estaduais.
Historicamente, o Grito dos Excluídos tem sido
uma manifestação popular e espaço de animação e profecia.Sempre aberto e plural
a pessoas, grupos, entidades, igrejas e movimentos sociais comprometidos com as
causas dos excluídos e excluídas.
Como indica a própria expressão, o Grito dos Excluídos
constitui-se numa mobilização com três sentidos: denunciar o modelo político e
econômico que, ao mesmo tempo, concentra riqueza e renda e condena milhões de
pessoas à exclusão social; tornar público o rosto desfigurado dos grupos
excluídos, vítimas do desemprego, da miséria e da fome; propor alternativas ao
modelo econômico neoliberal, de forma a desenvolver uma política de inclusão
social, com a participação ampla de todos os cidadãos e cidadãs.
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