sexta-feira, 28 de fevereiro de 2014

SEMIÁRIDO: Municípios do Agreste pernambucano terão planos de convivência



Por  Daniel  Ferreira  e Fabiana Francelino, Comunicadores Popular Caritas Diocesana de Pesqueira
  A Cáritas Diocesana de Pesqueira lançou uma proposta  de  assessoria para construção dos planos de convivência com o Semiárido de 12 municípios do Agreste do Estado. Ontem, pela manhã, foi apresentado o projeto e  metodologia para a elaboração  dos  Planos Municipais de  Convivência  com Semiárido  no Agreste  Pernambucano..
 Alagoinha, Arcoverde, Caetés, Iati, Garanhuns, Jupi, Pedra, Pesqueira, Poção, São Bento do Una, Sanharó e Venturosa serão os municípios que receberão orientações da organização para construir seus planos locais. O evento, que aconteceu no auditório da Estação Hotel Cruzeiro, em Pesqueira, reuniu gestores públicos das regiões que  receberão as  oficinas, lideranças rurais, agricultores(as) , representantes da Secretaria Estadual de Agricultura e Reforma Agrária e das universidades federais de Pernambuco.
 A proposta é que equipes da Cáritas Diocesana possa contribuir, através de um processo de assessoria sistemática e oficinas, para discussão e elaboração dos planos municipais alinhados aos eixos do Plano Estadual de Convivência, como recursos hídricos, regularização fundiária, produção, comercialização, educação contextualizada, gênero, juventude rural e assessoria técnica.
 A ideia ainda é envolver nos debates e na construção do documento o poder público e a sociedade civil, com a participação de vários segmentos locais.

 Para a secretária executiva da Cáritas Diocesana de Pesqueira e Coordenadora Executiva da Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA/PE), Neilda Pereira, a intenção é que esses planos sejam construídos com o envolvimento de vários segmentos.  “Vamos ‘sentar’ e discutir com cada município para que projete e assuma a responsabilidade na execução, buscando parcerias para mudar as realidades dos  agricultores.  E que as pessoas tenham a capacidade de fazer o controle social dessas ações”, afirmou.
 O professor e representante  da  UFRPE, UFPE,e UNIVASF, Antônio Jorge, coloca que os planos municiais podem valorizar e acolher as experiências das famílias agricultoras. “Queremos que os planos espelhem também o saber de vida do povo do semiárido pernambucano, pois são eles que estão nos municípios  na luta do dia-a-dia. E  claro  aliar a  educação a  esta  proposta  e  fundamental, sou  natural dessa região , conheço bem e  entendo essa  realidade ”, reforçou o docente.
 Durante  o seminário  foi  apresentada a proposta para metodologia,  de  que  forma  as  oficinas  serão  implementadas nos  municípios, as  equipes que  irão  coordenar ,e  definição de  datas  para  inicia-las. Outro ponto   importante que ocorreu durante o seminário foi a exposição dialogada, onde os  participantes sugeriram  alguns  itens   para  composição , e  retiraram duvidas  quanto a  formulação dos planos. Debate  entre  a juventude e grupo de  mulheres, economia  solidaria, união dos  poderes  públicos, temática  indígena, educação  no campo,  educação  contextualizada, os  custos de  uma assessoria deste  tipo e a  inclusão dessa discussão  para  os  povoados ,  comunidades e vilas no  tocante  aos recursos  hídricos, entre  outros pontos   estiveram  na pauta.
  A assessoria  e as oficinas para a elaboração dos planos municiais fazem parte de um conjunto de iniciativas de participação e mobilização da Cáritas Diocesana de Pesqueira , da  Cáritas Brasileira Regional NE II - que compõe a Articulação no Semiárido Pernambucano (ASA/PE), com o apoio da  Fundação  AVINA, na construção e na efetivação de uma política estruturante de convivência.
Resultados dessas frentes de ações foram a criação da Lei Estadual de Convivência, as Conferências Territoriais e da Conferência Estadual de Convivência com o Semiárido e o próprio Plano Estadual de Convivência. 

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