Por Daniel Ferreira
e Fabiana Francelino, Comunicadores Popular Caritas Diocesana de Pesqueira
A Cáritas Diocesana de Pesqueira
lançou uma proposta de assessoria para construção dos planos de
convivência com o Semiárido de 12 municípios do Agreste do Estado. Ontem, pela
manhã, foi apresentado o projeto e metodologia para a elaboração
dos Planos Municipais de Convivência com Semiárido
no Agreste Pernambucano..
Alagoinha, Arcoverde, Caetés,
Iati, Garanhuns, Jupi, Pedra, Pesqueira, Poção, São Bento do Una, Sanharó e
Venturosa serão os municípios que receberão orientações da organização para
construir seus planos locais. O evento, que aconteceu no auditório da Estação
Hotel Cruzeiro, em Pesqueira, reuniu gestores públicos das regiões que
receberão as oficinas, lideranças rurais, agricultores(as) ,
representantes da Secretaria Estadual de Agricultura e Reforma Agrária e das
universidades federais de Pernambuco.
A proposta é que equipes da
Cáritas Diocesana possa contribuir, através de um processo de assessoria
sistemática e oficinas, para discussão e elaboração dos planos municipais
alinhados aos eixos do Plano Estadual de Convivência, como recursos hídricos,
regularização fundiária, produção, comercialização, educação contextualizada,
gênero, juventude rural e assessoria técnica.
A ideia ainda é envolver nos
debates e na construção do documento o poder público e a sociedade civil, com a
participação de vários segmentos locais.
Para a secretária executiva da
Cáritas Diocesana de Pesqueira e Coordenadora Executiva da Articulação no
Semiárido Pernambucano (ASA/PE), Neilda Pereira, a intenção é que esses planos
sejam construídos com o envolvimento de vários segmentos. “Vamos
‘sentar’ e discutir com cada município para que projete e assuma a
responsabilidade na execução, buscando parcerias para mudar as realidades
dos agricultores. E que as pessoas tenham a capacidade de fazer o
controle social dessas ações”, afirmou.
O professor e
representante da UFRPE, UFPE,e UNIVASF, Antônio Jorge, coloca que
os planos municiais podem valorizar e acolher as experiências das famílias
agricultoras. “Queremos que os planos espelhem também o saber de vida do povo
do semiárido pernambucano, pois são eles que estão nos municípios na luta
do dia-a-dia. E claro aliar a educação a esta
proposta e fundamental, sou natural dessa região , conheço
bem e entendo essa realidade ”, reforçou o docente.
Durante o seminário
foi apresentada a proposta para metodologia, de que
forma as oficinas serão implementadas nos
municípios, as equipes que irão coordenar ,e definição
de datas para inicia-las. Outro ponto importante
que ocorreu durante o seminário foi a exposição dialogada, onde os
participantes sugeriram alguns itens para
composição , e retiraram duvidas quanto a formulação dos
planos. Debate entre a juventude e grupo de mulheres,
economia solidaria, união dos poderes públicos, temática
indígena, educação no campo, educação contextualizada,
os custos de uma assessoria deste tipo e a inclusão
dessa discussão para os povoados , comunidades e vilas
no tocante aos recursos hídricos, entre outros pontos
estiveram na pauta.
A assessoria e as
oficinas para a elaboração dos planos municiais fazem parte de um conjunto de
iniciativas de participação e mobilização da Cáritas Diocesana de Pesqueira ,
da Cáritas Brasileira Regional NE II - que compõe a Articulação no
Semiárido Pernambucano (ASA/PE), com o apoio da Fundação AVINA, na
construção e na efetivação de uma política estruturante de convivência.
Resultados dessas frentes de ações
foram a criação da Lei Estadual de Convivência, as Conferências Territoriais e
da Conferência Estadual de Convivência com o Semiárido e o próprio Plano
Estadual de Convivência.
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