Por Fabiana Francelino Comunicadora
Diocese de Pesqueira
Na
última quarta-feira ( 23), a cidade
de Belém no Pará , sediou a
VI Feira Estadual de Ciência, Tecnologia e Inovação . Cujo objetivo
era apresentar e discutir propostas, técnicas e metodologias para soluções de
transformação social, desenvolvidas a partir da interação com as comunidades.
Dentro a programação da feira foi integrado o
I Fórum Paraense de Tecnologias Sociais, um evento com a finalidade de discutir propostas de tecnologias voltadas à
transformações sociais, unindo universidades, instituições governamentais,
setor produtivo e sociedade civil
organizada.
A experiência no aproveitamento das chuvas
no semiárido abriu a programação do fórum. A coordenadora executiva da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA), rede de organizações da sociedade civil, que reúne mais de
1.000 entidades, entre elas sindicatos de trabalhadores rurais, associações e
cooperativas de agricultores familiares, igrejas, Ong´s, entre outras, Neilda Pereira, explicou a dinâmica de funcionamento da ASA, a
estratégia de convivência no semiárido ,
as tecnologias usadas e os resultados obtidos como o aproveitamento das chuvas.
“ Uma região em que a vegetação predominante é a caatinga ,numa área de quase
um milhão de quilômetros que comporta
1.133 municípios. O que totaliza quase 23
milhões de pessoas , que representa 11% da
população brasileira, e desse total 38% da população vive na zona rural. Esses dados reforçam a
necessidade de pensar em estratégias de convivência com o semiárido.
A coordenadora explicou algumas formas
de convivência para
viver na região
do semiárido: “A
capacidade de estoque e
consumo planejado da água, um direito universal , para consumo humano
e produção de alimentos ,
animais e vegetais ; as formas de
estoque para produção de alimento/ comida ; ações estratégicas
para utilização de sementes nativas e adaptadas da região ;
como também a utilização de forragem para os animais em silos (Silagem) e feno (Fenação), além do uso sustentável da
caatinga– único bioma exclusivamente brasileiro.
Para finalizar a coordenadora apresentou os
programas desenvolvidas pela Articulação
Semiárido Brasileiro que têm apresentado resultados
positivos e satisfatórios , como
o programa Um Milhão de Cisternas (P1MC) , Programa Uma Terra e duas Águas
(P1+2); o manejos dos agro e ecossistemas além das tecnologias
sociais.