segunda-feira, 12 de agosto de 2013

Diocese de Pesqueira participa de Encontro de Comunicadores da Articulação no Semiárido no Ceará


Durante três dias (07 a 09 de agosto) comunicadores e comunicadoras populares da Articulação Semiárido Brasileiro (ASA) participaram da Oficina Regional de Comunicação realizada no município cearense de Trairi. O evento teve como objetivo principal refletir coletivamente sobre a importância da comunicação na desmistificação da visão estereotipada do Semiárido, reforçando os princípios da convivência com a região e fortalecendo a ação em rede. Na ocasião, a Diocese de Pesqueira foi representada pela comunicadora popular Adriana Leal.

Cerca de 30 comunicadores (as) dos estados de Pernambuco, Paraíba, Maranhão, Ceará e do Rio Grande do Norte, além da Assessoria de Comunicação da ASA (Asacom) participaram do encontro. A oficina contou com a facilitação do fotógrafo humanista João Roberto Ripper, do projeto Imagens Humanas e um dos fundadores da Escola de Fotógrafos Populares no Complexo da Maré, no Rio de Janeiro.

Por meio de debates, rodas de diálogo, visitas de campo, exibição de vídeos, exposição de fotografias e exercícios práticos, o grupo pôde ser inserido no campo da comunicação popular e refletir sobre o papel da comunicação dentro da concepção política da ASA e de como ela dialoga com a prática do (a) comunicador (a). “A oficina de fotografia nos possibilitou ver mais além da foto, construir a essência da imagem, que surge inicialmente de um bom diálogo com o /a agricultor/a, no caso da comunicação popular da ASA”, aprendeu Adriana Leal.

No foco dos debates, a comunicação como um direito humano, a importância da fotografia na construção da história e na conquista dos direitos, além da criação dos estereótipos, que acabam provocando a rotulação de pessoas, comunidades e países.  “O estereótipo está sempre ligado a uma relação de poder. Não mostrar a beleza das classes menos favorecidas é uma função bem sábia do poder, seja político, industrial, comercial e de comunicação”, avaliou Ripper.


Entre as atividades da oficina houve a exibição do vídeo-documentário da escritora nigeriana Chimamanda Adichie. Através dele, os comunicadores e comunicadoras puderam perceber o quanto é arriscado ouvir uma única versão das histórias.  “Trazendo esta realidade para o semiárido, percebemos o grande desafio de quebrar os estereótipos levantados com o passar do tempo na região pela mídia, poder público e tentar construir uma nova história”, disse Adriana Leal.


Visitas às famílias agricultoras do Assentamento Várzea do Mundaú – Durante o encontro, os comunicadores e as comunicadoras conheceram experiências de convivência com o Semiárido no Assentamento Várzea do Mundaú. A Associação de Agricultores Familiares do Assentamento Várzea do Mundaú (ASSAFAM) abriu as suas portas para mostrar a sede da associação, onde funciona também a Casa Digital, que possibilita o acesso aos computadores e internet aos moradores do local.
Os/as comunicadores/as visitaram ainda experiências de viveiros de mudas e agroecológica na ocasião, agregando mais ainda o aprendizado da cultura local.  O almoço regional foi servido ao grupo na casa de Seu José Júlio e Dona Tica, onde funciona também uma unidade agroecológica familiar. O Seu José Júlio é também presidente da ASSAFAM.





Nenhum comentário:

Postar um comentário