Dia 13 de junho teve
início o Intercâmbio Intermunicipal entre a Diocese de Pesqueira, através da
Cáritas Diocesana de Pesqueira e o Serviço de Tecnologia Alternativa – SERTA em
Ibimirim, no qual participaram 17 jovens filhos de agricultores/as que
receberam as tecnologias de captação da água da chuva para produção de
alimentos, através do Programa Uma Terra
e Duas Águas (P1+2).
Visita de campo durante o intercâmbio entre o Serta e a Diocese de Pesqueira |
A atividade teve como
objetivo despertar o interesse dos jovens a desenvolver atividades que possam
garantir a segurança alimentar e a permanência dos mesmos em sua localidade,
evitando assim o êxodo rural.
Houve na ocasião
momentos com troca de experiência com os estudantes que fazem curso técnico do
SERTA, envolvendo no debate a importância de convivência com o semiárido e o
impacto que a implementação provoca nos municípios e na vida das famílias, bem
como o trabalho que a Diocese de Pesqueira vem desenvolvendo nos municípios de
atuação.
Sebastião Alves, vice-presidente
do SERTA, apresentou um histórico da organização, informando que a mesma foi
fruto do Centro de Capacitação e Alternativas de Conviver com a Seca (CECAPAS)
que ocorreu em 1983, em Pesqueira, no Seminário São José, cujo objetivo foi
ensinar alternativas para as pessoas observarem a seca com outro olhar,
formando jovens agricultores/as e professores que trabalhavam no campo.
As experiências
realizadas pelo SERTA também foram visitadas, como: fogões solares, criação de
animais de pequeno porte com o aproveitamento do espaço, sobras de alimentos,
reutilização de materiais recicláveis como garrafas pet no aquecimento d’ água
utilizando a energia solar, reuso da água, construção de canteiros para frutas
e verduras e formação de um pequeno barreiro lonado para aproveitamento da água
nos canteiros, onde a permacultura é trabalhada dentro de quatro eixos da
sustentabilidade, que são: a sustentabilidade hídrica, alimentar, energética e
nutrientes, ou seja, na preservação da terra na perspectiva da sustentabilidade
econômica.
As
tecnologias sociais de captação de água - A implementação das
tecnologias sociais de água das chuvas foi tema de debate entre o grupo diante
da necessidade de produzir alimentos, bem como quais foram os impactos sociais,
econômicos e produtivos que mudou a vida das pessoas nas comunidades que foram/estão
sendo atendidas, quando o trabalho da Articulação no Semiárido (ASA) foi
ressaltado devido à parceria tanto com o SERTA quanto com a Diocese de
Pesqueira.
Como encaminhamento, os
jovens devem levar para as associações comunitárias a discussão sobre a
importância de desenvolver outras formas de tecnologias para convivência com o
semiárido, levando em consideração as experiências visitadas nesse
intercâmbio. E a avaliação do encontro
girou em torno do aprendizado que os jovens adquiriram como a importância de
reutilização da água e a sustentabilidade.
Roseilda
Couto
Coordenadora
do P1+2
Nenhum comentário:
Postar um comentário