Foto: João Tavares
Por Daniel Ferreira
Antes da conferência estadual, foram realizadas cinco conferências
regionais no Estado (Sertão Central, do São Francisco, Araripe, Itaparica,
Moxotó, Pajeú e Agreste Meridional Central e Setentrional), reunindo mais de
mil pessoas. Nesses encontros os participantes formularam propostas de ações
que contribuirão para o primeiro Plano Estadual de Convivência com o Semiárido
em Pernambuco. Em sua fala, o secretário Aldo Santos ressaltou a importância do
Plano Estadual de Convivência com o Semiárido. “A ideia é que nas próximas
secas a população atravesse a estiagem com menos dificuldades. Quem sabe se no
futuro não tenhamos um fundo específico para as ações de convivência. Não
estamos querendo fazer ações de governo, mas sim ações de Estado - uma política
de convivência com ações estruturantes”, reforçou.
“Antes as políticas eram pensadas dentro dos gabinetes, sem a
participação da população. Esse plano estadual teve o envolvimento e a
mobilização de diversos atores, principalmente a contribuição da sociedade
civil. Precisamos investir no controle social, para que de fato as ações
aconteçam e contribua para que as pessoas vivam com dignidade no semiárido
pernambucano.”, destacou Neilda Pereira.
Foto: João Tavares
Segundo Neilda, apenas 14 municípios (de 122 cidades do Semiárido) elaboraram
seus planos municipais de convivência. “É muito importante que cada município
tenha seu plano, pois é dentro do município que tudo acontece. É necessário que
as pessoas se vejam e se sintam parte desse processo”, enfatizou.
Após a explanação da mesa, abriu para o debate e intervenções do
público. Esse momento serviu para os delegados intervirem na discussão com
perguntas e proposições.
O secretário municipal de agricultura do município de Oricuri, Paulo
Pedro, chamou à atenção que o debate da convivência não é novo, mas ressaltou o
pioneirismo do Estado em construir o plano estadual. “Pela primeira vez
Pernambuco realiza uma conferência de convivência com o Semiárido, é um momento
histórico não só para o Estado, mas também para o Brasil”, disse.
Ainda dentro da pauta, os delegados debateram as estratégias para
implementação, sistematização e finalização do plano estadual e a
sistematização e finalização do plano. A programação da conferência foi
encerrada ainda no final da manhã.
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