Por Fabiana Francelino , Comunicadora Popular Cáritas Diocesana de Pesqueira
Espalhados por
todo o Brasil vivem 8 milhões de jovens rurais, sendo que a maioria
destes está concentrada no Nordeste, de acordo com o Censo 2010/IBGE. Tentando reunir 2000 desses jovens, vindos de
17 estados brasileiros, Recife está
sediando até o próximo sábado ,19, no Parque de Exposições do
Cordeiro, o III Congresso Nacional da Juventude Camponesa “Terra, Pão e
Dignidade – Na caminhada pela Terra Livre Brasil”.
Promovido pela Pastoral da Juventude Rural (PJR), que atua há
30 anos na formação e engajamento da juventude nas lutas sociais do campo, o encontro
tem como objetivo dar visibilidade à juventude camponesa e fortalecer a sua
identidade cultural, reafirmando a opção da PJR pela luta e resistência do
jovem do campo.
“Esta
oportunidade é única para os
jovens . Eles irão viver uma semana rica em formação. São várias
oficinas, mesas e debates sobre a questão do projeto popular para o Brasil.
Também teremos apresentações culturais e regionais de todos os estados
envolvidos no encontro, será um momento de grande comunhão”, declara Laércio
Vieira, secretário nacional da Pastoral da Juventude Rural.
As
mesas temáticas debaterem
os mais variados temas
sobre a conjuntura da realidade
brasileira, a questão agrária, agricultura familiar, convivência com semiárido
entre outros. Para falar sobre a
convivência participaram da mesa a
coordenadora executiva da
ASA/PE e secretária executiva da Cáritas Diocesana de Pesqueira , Neilda Pereira , e
o secretário executivo da Agricultura
Familiar do Estado de Pernambuco ( SEAF), José Cláudio.
A coordenadora iniciou sua
participação resgatando a sua caminhada
no movimento social, quando por três anos militou ativamente
nas ações da PJR
da Diocese de Garanhuns. Explicou para
a maioria, vindo de outros estados, o que é o semiárido nordestino, vivência , seu bioma, suas características
específicas, como a história e
a mídia trata os que vivem na zona rural ,e a
força que a mobilização social possui quando se deseja mudar , citando exemplo da ocupação
da Sudene,em 1993.
“O que
marca a construção
de um projeto diferente
para o semiárido é a mobilização
das pessoas. Está é a marca de quem vive aqui e querer mudar de vida, mas
mudar com dignidade . Queremos
viver com terra , água de
qualidade, lazer ,saúde e educação.
E para isso as políticas
públicas precisam ser repensadas Nós queremos
construir este projeto e não
receber esmolas.”, declarou a coordenadora.
Os resultados das tecnologias de convivência com semiárido
promovidas pela ASA/PE também foram apresentados , como a construção das cisternas de placas
que hoje já totalizam
500 mil em todo semiárido.
Segundo a coordenadora a
juventude tem uma parcela
importante nesses resultados. “A
presença dos jovens agricultores, agricultoras que participam dos cursos de formação, é
fundamental. Eles fazem os cursos
, voltam para suas comunidades apresentam
e dicutem com suas famílias, uma nova
forma de conviver como
semiárido”, enfatiza.
Para finalizar motivou os jovens
a promover a ação, e sair da
linha do dircurso e promessas prontas.Declarou que é
nas comunidades que a
ação acontece e as políticas
públicas devem chegar,e que a juventude camponesa tem um papel fundamental
nestas ações.
A mesa ainda
contou com espaço para rodadas de
perguntas e proposições dos jovens.
Nenhum comentário:
Postar um comentário